Quase nem queria acreditar, quando li esta notícia divulgada pelo Expresso de 13-04-2010:
Américo Thomati, presidente da comissão executiva, João Carlos Silva, administrador executivo, e Rui Pedro Soares, administrador não executivo, foram acusados de corrupção passiva para acto ilícito, um crime punível com um a oito anos de prisão.
A procuradora que dirigiu a investigação, Teresa Almeida, decidiu não acusar Luís Figo. O ex-jogador do Inter de Milão e da selecção nacional de futebol assinou um contrato no valor de 750 mil euros para que a sua imagem fosse usada numa campanha de promoção internacional do Taguspark."
Será desta vez que tudo começa a "entrar nos eixos"?, pensei eu, para logo me recordar daquele que é o escândalo máximo do mau trabalho (ou bom, dependendo do ponto de vista!) e imagem da referida (in)Justiça... o famigerado caso "Face Oculta".
E digo escândalo máximo, porque é inconcebível pelo cidadão comum, que escutas em que já se provou envolverem o Primeiro-ministro José Sócrates, terem como destino imediato a pura e simples destruição, sem que - pelo menos - os deputados eleitos por todos nós delas possam ter conhecimento. O PSD, por exemplo, já as pediu por quatro vezes, vendo negado o pedido outras tantas...
Face Oculta
Escutas com Sócrates serão destruídas esta semana
Refere o "Sol" do dia 12-04-2010
"O juiz presidente da Comarca do Baixo Vouga, Paulo Brandão, disse hoje que a destruição das escutas do caso Face Oculta que envolvem o primeiro-ministro deverá acontecer ainda esta semana."
A prova de que Sócrates foi "escutado"; está aqui:
"Segundo o procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, o primeiro-ministro, José Sócrates, apareceu em 11 escutas feitas a Armando Vara, um dos arguidos neste processo.", só que este Procurador, "procura" esconder ao limite o conteúdo das mesmas. Vejamos:
"O PGR considerou que em seis dessas escutas «não existiam indícios probatórios que levassem à instauração de procedimento criminal», tendo também o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decretado a sua nulidade e ordenado a sua destruição.
Nas restantes cinco, o PGR disse que também «não existem elementos probatórios que justifiquem a instauração de procedimento criminal» contra José Sócrates, pelo que ordenou o arquivamento dos documentos, tendo igualmente o STJ decretado a sua nulidade e ordenado a sua destruição."
Em resumo, Pinto Monteiro e Sócrates conseguiram fazer "o pleno": de 11, em seis "não existiam indícios probatórios" e nas restantes cinco "não existem elementos probatórios". Ou seja, houve pelo menos 11 "conversas" mas nada continham incriminatório!
Se assim é, porque razão o próprio Sócrates não reage como qualquer cidadão, detentor ou não de cargos públicos, sério e honesto, exigindo - ele mesmo - a divulgação imediata do conteúdo ds "escutas"? Já diz o Povo: "quem não deve, não teme"!
Ou será que ele "teme"? E, se "teme", "teme" o quê? Ele lá terá a sua razão para tanto "temor"!
Quem já anda a "temer" e a "ver a vida andar para trás", são outros envolvidos em mais casos que, por acaso e só por acaso, têm como denominador comum o "sócretino" PM.
CM - 13-04-2010
Face Oculta
Escutas a Sócrates abrem guerra
"Defesa de Paulo Penedos aguarda notificação para se pronunciar e admite ir até ao Tribunal Constitucional para evitar que as conversas entre Armando Vara e Sócrates sejam destruídas.
Paulo Penedos e o seu advogado, Ricardo Sá Fernandes, são contra a destruição das escutas das conversas entre Armando Vara e José Sócrates. Ricardo Sá Fernandes admite que essas escutas possam vir a ser relevantes para a sua defesa, e não quer ver prejudicado o exercício desse direito. Pode mesmo recorrer até ao Tribunal Constitucional de uma eventual decisão de destruição das escutas." (...)
Depois de destruídas, dificilmente será possível "evitar a destruição"...
Mas há quem não receie!
(...) "Godinho de Matos, advogado de Armando Vara, aplaude a decisão da destruição efectiva das escutas e diz que este acto só peca por tardio. 'Não percebo por que não foram destruídas há mais tempo. Lastimo que tenham passado quase quatro meses desde a decisão do presidente do Supremo Tribunal de Justiça', disse ao CM Godinho de Matos."
Pois é, percebe-se que, uns já sintam "o rabo a arder", enquanto outros preferem que se apague o fogo antes de chegar ao deles...
Pobre País que não reage e acredita que a "vítima" e o "carrasco" não são a mesma pessoa!
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