Por último, a minha própria visão do 25 de Abril de 1974, passados 36 anos.
Pode ser igual, pode ser diferente da de milhões de portugueses, mas é a minha visão.
Bem diferente daquela que tive nesse longínquo dia, em que acreditei. Acreditei que Portugal ia ser maior, ia ser melhor; que tinham acabado as injustiças e fora implantada a igualdade; não aquela que alguns queriam (acabar com os ricos e dar tudo aos pobres), não; mas aquela que permitiria que os pobres tivessem as mesmas oportunidades dos ditos ricos e que esses pudessem, devessem e soubessem partilhar com os pobres. Aliás, disse-o sempre, alto e bom som, mesmo quando passei pelo Partido Comunista e não me perceberam: eu não quero acabar com os ricos, quero é acabar com os pobres! Faço-me entender?
Quis ser "de esquerda"! E quem não o quer, aos 22 anos, seis dos quais como locutor de Rádio, numa época em que, todos os dias, a Censura fazia afixar - através de um Delegado do Governo em todas as estações de rádio - uma cada vez mais extensa lista de "discos proíbidos"?
Discos que arrisquei sempre transmitir, o que me valeu inúmeras reprimendas do dito Delegado do Governo, que chegou a ameaçar-me, dizendo-me textualmente: "só não te ponho imediatamente na rua, porque sou amigo do teu pai!"
Uma dessas canções (na altura designadas por "baladas de intervenção"), cantava-a Adriano Correia de Oliveira e intitula-se "Trova do vento que passa". Pensei que NUNCA MAIS teria necessidade de a "transmitir". Enganei-me; ela é cada vez mais actual e urgente!
DEVOLVAM-ME O MEU PAÍS, DEVOLVAM-ME O SONHO. Aos 58 anos, EU QUERO VOLTAR A ACREDITAR!
Paço de Arcos
Junta de Freguesia de Paço de Arcos
Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos
Blogs aconselhados
Solidariedade
Comunicação Social
Os meus Amigos
Os meus hobbies