
Presumo que este símbolo, primorosamente escolhido no tempo em que eu andava pelos jornais e revistas de Turismo me merecia o maior respeito e total acordo, ainda esteja em vigor.
Se for esse o caso, é com enorme pena que o verei desaparecer em breve, trucidado, distorcido, amarfanhado e envergonhado na sua plenitude pelos competentíssimos eurocratas que parecem apostados em exterminar o que de melhor existe em cada um dos 27 países que os elegeram.
Mas, com o mal dos outros, posso eu bem, como se costuma dizer. O que me importa é Portugal!
Aqui, como somos mais europeus do que os restantes europeus (só para algumas coisas, claro...), podemos ir-nos preparando já para dizer adeus para sempre a este Património. O que é, afinal, um perfeito contra-senso, num País que se diz voltado para o Turismo e sabendo todos nós como os turistas têm em elevada consideração a nossa Gastronomia, de facto, das melhores do Mundo!
Tudo começou com a proíbição das colheres de pau, lembram-se?
Só que o que aí vem, acabará de vez com muitas das nossas tradições, herdadas, aliás, dos nossos tetra-tetra-avós...
Castanhas embrulhadas nas típicas folhas amarelas, acabaram... Dizem que as bolas de berlim vão continuar a vender-se nas praias, mas apenas se... Nas esplanadas, o cafézinho, a cervejita, o bolinho, a sandezitas, só se forem servidos em recipientes de plástico (o petróleo atingiu os 100 dólares? Defesa do Ambiente? Não parece!)... Já só falta mesmo que o nosso cozido à portuguesa seja servido em embalagens liofilizadas!
Perguntem a um madeirense se corta o bolo de mel com uma faca de metal? Apanham logo com um chorrilho de asneiras... Faca de madeira ou, de preferência, partido à mão!
E a ASAE vai nisso? Nãããããã!
Perguntem aos pescadores se podem apanhar "jaquinzinhos"? Não! Ah!, Mas podemos comprá-los aos espanhóis, que até os pescam no Algarve...
O nosso problema, é que os nossos (des)governantes querem ser os "melhores e mais cumpridores alunos" de uma certa "escola" europeia! Quem se lixa? O mesmo de sempre!
Baseado neste princípio, até nem culpo totalmente o excesso de zelo da nossa nova "polícia política", perdão, "polícia de costumes", perdão desse órgão de polícia criminal... Afinal, ela limita-se a seguir as pisadas dos "chefes"...!
Como dizia aquele anúncio: "eu ainda sou do tempo..." em que tinha de atirar fora o isqueiro, assim que me "cheirava" a presença do "cívico"! Só que, nesse tempo, ao menos a intenção era minimamente louvável... E agora?
Razão tinha o meu Amigo "Zé Tolas" num seu comentário: qualquer dia, ainda havemos receber a hóstia consagrada... mas em embalagenzinha, homologada, higienizada e individual.
Acreditem ou não, SÓ ASSIM É QUE ISTO LÁ VAI...
"ASAE em Tribunal
Defensores de “tradições” interpõem acção de impugnação",
in SICOnline
Bah! Castanhas assadas sem o gostinho das páginas amarelas não é a mesma coisa.
Sangria sem colher de pau é uma treta!
Qual é o gozo de comer Bolo-Rei ,sabendo que já não existe o brinde e a fava que "obriga" o sorteado a pagar o Bolo-Rei do próximo ano?
Por acaso o padre este ano lá da freguesia pediu para as pessoas não beijarem o Menino Jesus, como é hábito no final da Missa do Galo, pediu apenas para beijarmos as mãos e encostarmos as mesmas na imagem. Não fossemos apanhar herpes e outros vírus que tais...
Suspeito que estava alguém da ASAE na sacristia!!!
Ó "Estrellinha", tenho para mim que havia mas era uma câmara de vigilância na igreja... directamente ligada ao gabinete do chefão da ASAE!
Só se esqueceram de que, assim, foi o Menino Jesus quem ficou "contaminado" por certas "mãozinhas sujas" que conheço por aí... e que até vão à missa todos os domingos.
Já agora: sabe que, este ano, descobri que também existe o "Bolo Gay"? Sim, Gay!
Havia o Bolo-Rei... Depois, porque nem todos gostavam de fruta cristalizada, "inventaram" o Bolo-Rainha... Aquele que me deram a comer em casa de amigos, tinha o feitio da "dita", sem pinhão nem amêndoa, mas com a tal fruta cristalizada. Portanto, não sendo uma coisa nem outra, era "Gay", com o perdão de alguns dos meus amigos que o são e nunca me "contagiaram" nem deixei de os prezar na mesma!
De
ruy a 9 de Janeiro de 2008 às 16:22
Na verdade o que está a acontecer não são a procura de melhorias neste ou naquele sector. São apenas idiotices de tecnocratas sem qualquer noção da realidade. É uma desgraça o que está a acontecer a este país. Enfim, um abraço
ruy
Caro Ruy,
Perfeitamente de acordo: "idiotices de tecnocratas sem qualquer noção da realidade"! Nem mais!
Se querem destruir o imenso tecido produtivo que são as pequenas e médias empresas, publiquem logo uma Lei acabando com elas... e pronto!
Mas, Caro Ruy, a desgraça que está a acontecer ao nosso País (é verdade), ocorre apenas por nossa culpa: "comemos e calamos"!
E fico-me por aqui...
Claro! Eu sempre ouvi desde miúda:
"O que não mata engorda!"
O que estão a fazer é que as crianças de hoje e adultos do futuro, se transformem num bando de comichosos.
Enfim...
Cara "Estrellinha",
Tive a felicidade de viver durante anos naquilo a que hoje quase desapareceu... uma quinta. Eram muitas e variadas, as árvores de fruta que diariamente "recebiam" a minha visita. Garanto-lhe que pouca coisa se compara ao prazer de comer fruta - com cheiro e com gosto - empoleirado em cima da própria árvore. Lavar a fruta antes de a comer? Como, se eu estava "lá em cima"?
Cá estou, graças a Deus, cheio de saúde, e todas as doenças que tive em pequeno, foram as habituais: sarampo, gripe, papeira...
Ah! E um braço partido e a cabeça também!
E eu comia pepinos, tomate, alfaces,tudo da horta da minha tia, tomava banhos em tina de água quente (isto porque não havia casa de banho há bem pouco tempo), corria pelos campos descalça, comia também fruta das árvores.
Hoje? Fico doente com o cheiro das cozinhas dos restaurantes, com as frutas com sabor ácido ou a deslavado e os vegetais secos.
Não há nada como a comida do Norte e bem caseira...
É o que não falta é senhores e senhoras que vão bater a mão no peito ao domingo e depois é como se nada tivessem feito. Se calhar são Eco-cidadãos! Ehehehehheh
Ehehehehheh!
Adorei todo o comentário (incluindo a dos "eco-cidadãos"), até porque as experiências vividas são exactamente iguais e... cá estamos, "vivinhos da silva"...!
E as quedas da bicicleta, com braços e pernas esfoladas à mistura?
Lembrei-me desta:
A professora pergunta ao aluno:
- ó menino Zézinho, de onde vem o leite?
- dos pacotes do hipermercado, sra. professora!
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