Imperioso melhorar a Democracia
É lugar comum dizer-se que sem partidos não há democracia, mas o inverso também é verdadeiro.
Os nossos partidos do poder (PS/PSD), cuja existência custa aos portugueses uma soma incomportável das suas parcas possibilidades financeiras, são avessos a falar de si e, quando o fazem, avançam números de pouca credibilidade como seja:
PS "dixit": O número de militantes do PS ronda os 73 mil. No entanto, o número de militantes com direito a voto para o congresso deverá ser substancialmente menor. Só votam aqueles que pagarem as quotas.
PSD "dixit": O número de militantes do PSD, em 2007, segundo fontes partidárias não ultrapassaria os 60 mil, contudo apenas 50% votaram nas eleições directas (o número provável de militantes do PSD).
O partido do actual governo tentou que todos os partidos fizessem prova de terem pelo menos 5.000 militantes devidamente identificados, tendo com isso levantado uma autêntica revolução. Isto da parte dos mesmos que querem a abolição do segredo bancário para todos os cidadãos e não enjeitam em devassar a sua vida privada.
Ora, considerando um total nacional de mais de oito milhões de votantes, temos dentro do PS e PSD, no melhor dos casos, um total de 133.000 militantes, sendo que metade não vota. Dos que votam, a maioria deles vota com quotas pagas pelos caciques.
Haja a coragem de radiografar os partidos e fazer um levantamento do perfil dos seus militantes e depressa se vai concluir que, na sua grande maioria, votam em quem lhes mandam votar, a troco de milhares de pequenos favores. A sua capacidade e entendimento do votar é muito limitada e as carências são inúmeras.
A discussão política dos problemas reais do país passa ao lado da vida interna dos partidos, que perdem todo o tempo digladiando-se entre facções e encontrando dentro do partido os seus maiores inimigos. As sinergias estão arredias, pior, o objectivo nacional é completamente arredado e dá lugar a guerras constantes que paralisam toda a estrutura partidária.
Apetece perguntar como podem surgir dentro de um universo de votantes inferior a 0.01% do total nacional de votantes, os melhores servidores para o País?
O resto imenso dos portugueses não conta? Sempre serão 99,99 %!
Não seriam precisas tantas explicações para se perceber que, com honrosas excepções, o partido e o País ficam entregues aos cacique que manipulam a maioria dos militantes. As excepções vão sendo marginalizadas.
Como podem os partidos deter tanto poder?
Será que qualquer um líder dos partidos é o melhor primeiro-ministro para Portugal?
Só com muita sorte. E se isso for possível, estará ele como candidato preparado para tal, perdido que andou em tanta luta para conquistar o poder e manter o partido unido? Afastado ou nunca empossado na gestão de qualquer grande empresa! Sem nunca ter participado em qualquer governo, nem sequer como secretário de Estado. Com habilitações de qualidade duvidosa!
Hoje, o objectivo de um líder partidário é governar o país e não o partido.
Não esquecer que o actual primeiro-ministro já falhou a maioria das promessas que fez em campanha! A realidade que encontrou no País era outra e ele desconhecia-a.
Mesmo assim como está a vida económica de Portugal, e a crise da educação, saúde e justiça? Como vamos solucionar o desemprego e a reforma do Estado? Estará o tão apregoado Plano Tecnológico a servir a economia, para além da entrega gratuita de computadores?
Será a profusa distribuição de diplomas do 12.º ano o melhor caminho para a educação, se pusermos de fora as estatísticas?
Como ficou a tão contestada avaliação dos professores?
Porque vão milhares de portugueses a Cuba ser operados se tudo vai bem? A expensas das autarquias?
Muito, muito mais se poderia perguntar e dizer calando as loas publicitárias de alguns média e do próprio governo.
O povo já fez a sua parte, apertando o cinto para equilibrar as finanças públicas e enfrentar o custo de vida e o desemprego!
Por fim, não é mais possível acreditar que o melhor primeiro-ministro de um país tenha que sair de dentro de um partido. Outro caminho teremos de encontrar e deixar para o líder partidário o difícil papel de apoiar e descobrir o melhor primeiro-ministro na sociedade civil, com provas dadas.
António Reis Luz
Militante Partidário
A crítica deve ser feita, mas o elogio também.
Vem isto a propósito da exposição fotográfica "Olhares com futuro", promovida pela Câmara Municipal de Oeiras e que é inaugurada no próximo dia 25 de Abril, no Oeiras Parque, em Paço de Arcos.
Por errada "norma", os Bairros Municipais (Bairros de Realojamento ou Bairros Sociais, como vulgarmente se designam) são olhados como locais geradores de conflitos, de arruaças, quase sempre de má vizinhança. Pela minha parte, sempre tive dificuldade em considerá-los como tal, sobretudo após a minha vivência mais directa, durante sete ou oito anos, com quem neles habita. Como eu próprio, por exemplo!
Tempos houve que poderá ter sido assim; há alguns anos que isso não corresponde à realidade. Conheci muito boa gente nesses Bairros, enquanto noutros ("não sociais"?) me deparei com problemas vários. Como em tudo, existem boas e menos boas pessoas.
Adiante!
A exposição, cuja inauguração está agendada para as 17 horas de 25 de Abril, é fruto da (con)vivência de dois técnicos que trabalham no Departamento de Habitação da Câmara Municipal de Oeiras e cujo quotidiano é passado em grande parte nestes locais de realojamento.
Raquel Almeida e Albano Pereira decidiram mostrar publicamente uma colectânea de fotografias que, ao longo de um ano, registaram profissionalmente; olhares de crianças, de homens e de mulheres que residem em bairros municipais...
Mais pormenores, podem ser consultados AQUI.
... E não digam que sou só eu a pensar assim e a ter memória, reproduzo um artigo do insuspeito Sarsfield Cabral, escrito em finais de Março passado e que deve ter feito pensar muita gente?
"O que falta ao PSD
Faz esta semana meio ano que Luís Filipe Menezes ganhou as eleições directas no PSD, tornando-se líder do partido. Antes, Menezes tinha criticado o que considerava ser uma oposição fraca de Marques Mendes ao Governo PS. Curiosamente, nos primeiros meses da sua liderança Menezes foi brando face às políticas governamentais, abandonando as principais bandeiras do PSD de Mendes contra o Governo.
M. Mendes combatera a localização na Ota do novo aeroporto. Acabou por ganhar a batalha - mas, quando o Governo escolheu afinal Alcochete, o líder do PSD era Menezes, que defendera a Ota. Mendes queria a baixa de impostos - Menezes discordava, alinhando com Sócrates (agora já quer baixar a carga fiscal). Mendes reclamava um referendo para ratificar o Tratado de Lisboa da União Europeia; Menezes foi pela ratificação no Parlamento e assim ajudou Sócrates a fazer passar na opinião pública mais um incumprimento de uma promessa eleitoral.
Começaram, então, a surgir no interior do PSD críticas à actuação do novo líder. Menezes, que antes não se coibia de dizer preto sempre que M. Mendes dizia branco, ficou incomodado e desafiou os discordantes para novas eleições directas. Agora, passados dois meses, Menezes rejeita essas eleições.
Entretanto, sentindo necessidade de se demarcar do PS, o líder do PSD resolveu quebrar o Pacto de Justiça celebrado entre os dois partidos e rejeitou o novo mapa judiciário proposto pelos socialistas, mas sem apresentar qualquer mapa alternativo. E também avançou para liquidar o consenso alcançado na anterior direcção com o PS quanto à lei eleitoral autárquica. Menezes quer agora que os presidentes das juntas de freguesia votem nas assembleias municipais; há menos de um ano defendia o contrário.
Sucedem-se as posições contraditórias, além das já referidas - desde o desmantelamento do peso excessivo do Estado, mas recusando fechar serviços públicos ou retirar quaisquer direitos sociais, até à flexibilização das leis do trabalho. Na passada quarta-feira o primeiro-ministro anunciou o fim da gestão privada em hospitais públicos, começando pelo Amadora-Sintra. Mas este regresso à estatização não mereceu da direcção do PSD qualquer firme e audível crítica de fundo, apesar de numa entrevista ao Expresso, em 22 de Dezembro, Menezes se ter manifestado contra o monopólio do Estado na saúde.
Na mesma entrevista, o líder do PSD criticou Sócrates por não ter "a coragem de romper com o status quo nas políticas do trabalho e no código laboral, que torne Portugal mais competitivo". Mas ao Jornal de Notícias do passado dia 5 Menezes dizia não existirem condições para flexibilizar as leis laborais.
Acusado de não apresentar propostas pela positiva, Menezes apanhou uma ou outra ideia vinda do estrangeiro. Sarkozy anunciou que ia retirar a publicidade do canal público francês de televisão, logo Menezes veio prometer que a RTP deixaria de ter anúncios comerciais. Mas a proposta surgiu desgarrada de qualquer ideia sobre o que deve ser o serviço público de televisão, se ele se justifica ou não, etc. Barack Obama inspirou-lhe um novo logótipo para o PSD, onde o azul predomina.
Resultado: a rejeição e a troça de Alberto João e o desconforto de inúmeros militantes.
Este comportamento errático ameaça dissolver o pouco que resta da identidade do PSD. Mas Menezes já deu uma explicação para a ausência de propostas políticas alternativas do seu partido, limitando-se por enquanto a navegar à vista na oposição ao Governo (navegação à vista que explica, em parte, a imprevisibilidade do líder). "As propostas de governação são algo para os últimos seis meses" antes das eleições, disse Menezes ao Expresso. Assim, não lhe roubam as ideias... Aliás, de que serve uma equipa estar a ganhar ao intervalo, se no fim do jogo acaba a perder?
Uma tão curiosa estratégia eleitoral, sobre a qual certamente os teóricos da política se debruçarão nos próximos tempos, tem todavia um problema. É que, quando - daqui a um ano - Menezes apresentar fantásticas políticas alternativas, entretanto encomendadas a algumas cabeças pensantes, já não terá uma réstia de credibilidade junto da maioria dos portugueses. Ora, mais do que em propostas concretas, as pessoas votam em políticos nos quais acreditam e que as mobilizam em torno de um projecto. É isso que falta ao PSD."
Sarsfield Cabral
Continuando a "cruzada" que iniciei contra a aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal e, consequentemente, da adulteração da escrita em português, deixo-vos com um texto retirado de um PPS que já anda a circular na Internet e que só prova que, "afinau", no Brasil, "o pessoal" também está preocupado... e goza à farta, como é de bom tom naquele país.
OLIA ÇÓ QUE MARAVILIA
Eis aqui um programa de cinco Anos para resolver o problema da falta de autoconfiança do brasileiro na sua capacidade gramatical e ortográfica.
Em vez de melhorar o ensino, vamos facilitar as coisas, afinal, o português é difícil demais mesmo.
Para não assustar os poucos que sabem escrever, nem deixar mais confusos os que ainda tentam acertar, faremos tudo de forma gradual.
PRIMEIRO ANO
No primeiro ano, o “Ç” vai substituir o “S” e o “C” sibilantes, e o “Z” o “S” suave.
Peçoas que açeçam a internet com freqüênçia vão adorar, prinçipalmente os adoleçentes. O “C” duro e o “QU” em que o “U” não é pronunçiado çerão trokados pelo “K”, já ke o çom é ekivalente.
Iço deve akabar kom a konfuzão, e os teklados de komputador terão uma tekla a menos, olha çó ke koiza prátika e ekonômika.
SEGUNDO ANO
Haverá um aumento do entuziasmo por parte do públiko no çegundo ano, kuando o problemátiko “H” mudo e todos os acentos, inkluzive o til, seraum eliminados.
O “CH” çerá çimplifikado para “X” e o “LH” pra “LI” ke dá no mesmo e é mais fáçil.
Iço fará kom ke palavras como “onra” fikem 20% mais kurtas e akabará kom o problema de çaber komo çe eskreve xuxu, xa e xatiçe.
Da mesma forma, o “G” ço çerá uzado kuando o çom for komo em “gordo”, e çem o “U” porke naum çerá preçizo, já ke kuando o çom for igual ao de “G” em “tigela”, uza-çe o “J” pra façilitar ainda mais a vida da jente.
TERCEIRO ANO
No terçeiro ano, a açeitaçaum públika da nova ortografia deverá atinjir o estájio em ke mudanças mais komplikadas serão poçíveis. O governo vai enkorajar a remoçaum de letras dobradas que além de desneçeçárias çempre foraum um problema terível para as peçoas, que akabam fikando kom teror de soletrar.
Além diço, todos konkordaum ke os çinais de pontuaçaum komo vírgulas, dois pontos, aspas e traveçaum também çaum difíçeis de uzar e preçizam kair e olia falando çerio já vaum tarde.
QUARTO ANO
No kuarto ano todas as peçoas já çeraum reçeptivas a koizas komo a eliminaçaum do plural nos adjetivo e nos substantivo e a unificaçaum do U nas palavra toda ke termina kom L como fuziu, xakau ou kriminau já ke afinau a jente fala tudo iguau e açim fika mais faciu.
Os karioka talvez naum gostem de akabar com os plurau porke eles gosta de falar xxx nos finau das palavra mas vaum akabar entendendo.
Os paulista vaum adorar. Os goiano vaum kerer aproveitar pra akabar com o D nos jerundio mas aí também já e eskuliambaçaum.
QUINTO ANO
No kinto ano akaba a ipokrizia de çe kolokar R no finau dakelas palavra no infinitivo já ke ningem fala mesmo e também U ou I no meio das palavra ke ningem pronunçia komo por exemplo roba, toca e enjenhero e de uzar O ou E em palavra ke todo mundo pronunçia como U ou I, i aí im vez di çi iskreve pur ezemplu kem ker falar kom ele, vamu iskreve kem ke fala kum eli ki é muito milio: çertu ?
Os çinau di interogaçaum i di isklamaçaum kontinuam pra jente çabe kuandu algem ta fazendu uma pergunta ou ta isclamandu ou gritandu kom a jenti e o pontu pra jenti sabe kuandu a fraze akabo.
Naum vai te mais problema ningem vai te mais eça barera pra çua açençaum çoçiau e çegurança pçikolójika todu mundu vai iskreve sempri çertu i çi intende muitu melio i di forma mais façiu e finaumenti todu mundu no Braziu vai çabe iskreve direitu até us jornalista us publiçitario us blogeru us advogado us iskrito i ate us pulitiko i u prezidenti.
Olia ço ki maravilia!
À hora em que a "bomba" rebentou, não me encontrava em casa, devido a compromissos pessoais e por isso, não ouvi a notícia em directo. Mas logo o meu telemóvel começou a tocar insistentemente - umas vezes para me comunicarem a ocorrência de viva voz, outras para me alertarem para a mesma via SMS... É no que dá AINDA ter Amigos!
Em resumo, Luís Filipe Menezes acabara de anunciar - na (ainda) Sede Nacional do Partido Social Democrata - que iria solicitar na próxima semana ao Conselho Nacional a convocação de eleições Directas à liderança, para 24 de Maio. Uma "bomba" que rebentou, afinal, na mão de quem em Fevereiro passado garantia que nem à bomba o tiravam da liderança do PSD e que, em Março, asseverava que "só haverá eleições directas no Partido após as Legislativas de 2009"...
Hoje, tal como o fez o Amigo e Companheiro Jorge Pracana a propósito dessa primeira afirmação, digo igualmente que "como registo de interesses desde já informo que não votei no próprio (é publicamente conhecido o meu incondicional apoio - desde sempre - a Luís Marques Mendes), como nunca votei ou votarei no PS." Assim, estou à vontade para tecer as opiniões que se seguem.
Qual Santana Lopes, "andei por aí" a pesquisar os jornais e blogs, colhendo informações nos primeiros e, até esta hora, o silêncio nos segundos...
Como tenho por hábito dizer o que penso sem olhar a consequências (o que me tem valido inúmeros dissabores... mas não há volta a dar), entendi que devia, mais uma vez, "refrescar" algumas memórias esquecidas!
Terá dito LFM que, "Para mim basta. A minha honra e a minha dignidade não permitem mais cedências", acrescentando ainda outras "pérolas" como estas: "Desde o primeiro momento, tivemos uma oposição interna diária, pouco digna, nada corajosa" e ainda "Atravesso a maior campanha destrutiva de sempre do PSD". Como é curta a memória...
Intrigou-me, a primeira afirmação: "A minha honra e a minha dignidade não permitem mais cedências". Sem colocar em causa a honra e dignidade de LFM (nunca o faria), fiquei a "matutar" na questão das cedências! Que cedências? A quem? Impostas por quem? A que desígnios? E, não sei porquê, lembrei-me da lista de Deputados e Autarcas em 2009, de Oeiras, de Gondomar e de outros "casos"... Será que estou enganado?
Depois, fiquei "confuso" com a alusão à "oposição interna diária, pouco digna, nada corajosa". Só faltou mesmo dizer que essa "oposição" era feita "de manhã, à tarde e à noite"!
LFM e seus pares parecem ter esquecido a cerrada oposição diária feita ao anterior Presidente do PSD, Luís Marques Mendes, quer através do seu blog quer nas páginas do "Correio da Manhã" quer ainda em todas as oportunidades televisivas que teve. Lembro-me de constantes "ataques" como estes: que não tinha perfil de líder; que não fazia oposição ao (des)governo PS; que se rodeara dos seus mais chegados apoiantes (como se isso fosse algo de anormal!); que estava a provocar cisões no interior do Partido; etc., etc., etc.
Se Marques Mendes dizia não à OTA, levantava-se a "oposição" a dizer que a OTA é que era; depois, já não era nem nunca fora essa a posição! Se Marques Mendes defendia o Pacto para a Justiça ou a Nova Lei Autárquica, vinha logo a crítica contrária da "oposição" (que acabou por romper o acordo para a nova Lei)! Se Marques Mendes pugnava pelo Referendo ao Tratado de Lisboa, saltava a "oposição" a defender o contrário (aqui, foi coerente e o Tratado não foi referendado)! Se Marques Mendes, na sua habitual coerência, retirava a confiança política ao então Presidente da Câmara de Lisboa, "caía o Carmo e a Trindade" na "oposição" (que, antes, o acusara de não ter a coragem de o fazer)! Se Marques Mendes admitia ser difícil fazer oposição a um partido com maioria absoluta e, ainda por cima, com o beneplácito dado pelo Presidente da República, ai Jesus que não sabia era fazer oposição, clamava a "oposição" (agora, já com Santana Lopes, o mesmo problema existe mas já é "real"... antes, não era)! Se Marques Mendes defendia a baixa de impostos, logo a "oposição" fazia coro com os "socretinos" e alegava ausência de bom-senso (a seguir, foram os mesmos "opositores" que o defenderam, indo até bem mais longe nessa "descida")!
Sete meses após a sua eleição, LFM queixa-se mais do mesmo: sobretudo dos "barões" e da "perseguição" que lhe foi movida pelos seus "opositores internos"!
Vejamos: Quais "barões"? Os que não apareceram no momento certo a apoiar Luís Marques Mendes (se o tivessem apoiado, LFM não teria do que se queixar, pois não seria Presidente do PSD)? Só pode ser...
Quais "opositores"?
LFM, neste particular, só pode queixar-se de si próprio ou, quanto muito, de alguns "iluminados" que o rodearam.
Ou será que tinha razões para "arrasar" os dez ex-secretários-gerais que lhe pediram para repensar a alteração (ilegal) ao pagamento de quotas? Abriu uma guerra desnecessária e, depois, decidiu que as mesmas deviam era ser abolidas...
Quem o levou a pedir uma sindicância às contas do Partido, lançando a natural suspeição sobre todos os presidentes e secretários-gerais que o antecederam? Essa, foi mesmo "de cabo de esquadra" mas consequente com a sua afirmação de que "aquele não era o seu PSD"...
O que esperava, quando levantou a questão da venda da Sede Nacional, como forma de equilibrar as contas, em perfeita e total contradição com a abolição das quotas que, mal ou bem, são uma fonte de receitas?
Se as contas estavam assim tão mal, porquê contratar uma empresa de marketing para "orientar" o Partido? Só porque "lá fora", alguns fazem isso? O único "resultado visível"; foi a mudança das cores históricas do PSD... que na Madeira, felizmente, foi recusada!
Ou teria sido pela sua afirmação de que "o PSD ainda não merecia ser Governo em Portugal"? O que, digamos em abono da verdade, frustrou muitos Militantes!
Estará arrependido de ter avançado com a "brilhante" ideia de acabar com a publicidade na televisão estatal, como se isso "desse de comer" aos portugueses... que bem precisam? Não recebiam duma maneira, teria de ser o "Zé pagante" a substituir-se às empresas anunciantes!
Ou (como deixei claro acima), porque afirmou que, "a partir de 2009 serão as estruturas locais do PSD a definir quem querem que os represente no parlamento nacional”?. Não deveria ter dito: antes de 2009? Terá isso algo a ver com as tais "cedências" que não estava disposto a fazer?
Terá tido a ver com a revisão da Lei Autárquica? Consta que houve pressões e mais pressões!
As constantes ausências da presidência da Câmara de Gaia, desdobrando-se em visitas por todo o País ao serviço do Partido, não terão fragilizado algum "poder interno"? Apesar do vice-presidente - Marco António - ser fiel e indefectível defensor e continuador (e, quem sabe, próximo candidato)!
Dizendo "nim" a futuras/próximas candidaturas a Oeiras e Gondomar, "atirando" para as respectivas Secções a responsabilidade de readmissão ou não desses ex-militantes, inclui-se no âmbito das já citadas "cedências"?
Na verdade, repito, LFM apenas pode queixar-se da sua actuação e ausência de oposição "de manhã, de tarde e à noite"!
Dos seus mais directos defensores, não pode queixar-se certamente!
No dia 14 de Abril, escrevia Pedro Santana Lopes no seu blog, referindo-se ironicamente à vitória de Sílvio Berlusconni: "Ganhou mais um populista, demagogo, direitista...Como será possível? Não existirão lá comentadores esclarecidos?" (...) "Acima de tudo, há que felicitar Silvio Berlusconni pela sua enorme capacidade de resistir, de acreditar, de ultrapassar obstáculos, de lutar, de ressurgir das derrotas, de vencer os seus adversários, de calar tanto detractor." Em Portugal, "saiu-lhe o tiro pela culatra"! E agora?
A 15 de Abril - apenas dois dias antes da demissão de LFM -, o seu fiel Luís Cirilo fazia no seu blog o seguinte comentário: "Mas ás vezes até os lideres mais bem preparados,com ideias e projectos,e credibilidade na opinião pública são "derrotados" por séquitos incompetentes,com falta de qualidade,excesso de ambição ou incapacidade para compreenderem o próprio papel.
Como resultado destes sete meses de desnorte e "tiros nos pés", surgem dois potenciais candidatos à liderança do Partido Social Democrata: Aguiar Branco e Pedro Passos Coelho. Pela minha parte, confesso sem qualquer problema ou dúvida: se assim for, apoiarei o segundo deles!
De fato, tenho que ir; mas não tenho que ir de fato...
Perceberam?
Não?
Então, peçam aos defensores do Acordo (h)Ortográfico que vos expliquem!
Ah! Já agora, perguntem também ao Presidente José Eduardo dos Santos porque devolveu centenas de livros de "português" que o Brasil queria oferecer a Angola!
Se puderem, liguem para o Bill Gates a perguntar quando é que ele vai abolir o "Português de Portugal" dos produtos Microsoft, deixando apenas o "Português do Brasil"!
Até amanhã! Ou devo escrever "inté"?
Esperem sentados porque, como podem ler aqui na coluna da direita, "este Blog não aplicará o Acordo Ortográfico".
Tem por título "Daqui fala o Morto", é a vigésima produção do Grupo de Teatro Nova Morada e sobe à cena no próximo sábado, dia 19, pelas 21H30, no Auditório Ruy de Carvalho, no Centro Cívico de Carnaxide.
Promete ser uma noite inesquecível, desde rir às gargalhadas até morrer de riso!
A entrada é gratuita e garanto-vos que há muita gente interessada em marcar presença, pelo que é absolutamente aconselhável fazer desde já marcação prévia (e comparecer, claro), para si e o seu grupo de amigos, ligando para o 96 808 35 11.
Para quem pretender conhecer antecipadamente a peça, o elenco e demais pormenores, basta seguir este link: http://www.freewebs.com/daquifalaomorto/
Para todo o Grupo, um voto: break a leg.
"... Do Nome da Rosa", é o título da exposição de pintura de Henrique Gabriel, que será inaugurada amanhã (17 de Abril), pelas 21H30, na Galeria Artur Bual, à Av. Movimento das Forças Armadas, 1, Amadora.
Na abertura da exposição, ocorrerá um momento musical, no qual intervirão Alexandre Gabriel, tocando Harpa Celta, e Gonçalo do Carmo, em Low Whistle, além de uma intervenção de José Luís-Ferreira acerca da obra do Artista.
A exposição, que conta com o apoio da Câmara Municipal da Amadora, estará patente ao público até 25 de Maio, com o seguinte horário:
Terça a sexta, das 10H00 às 12H30 e das 14H00 às 18H00;
Sábados, domingos e feriados, das 15H00 às 18H00;
Encerra às segundas-feiras.
Aqui fica o Abraço!
No passado dia 10, escrevi o seguinte: "o poder caiu na rua". Hoje, passo a explicar!
Penso que nunca, como até hoje, um governo cedeu e recuou tanto, perante o mal-estar e as manifestações dos cidadãos, fossem eles professores, funcionários públicos, polícias, militares, utentes do Serviço Nacional de Saúde, etc. Governar, não é isto, apesar do "lado positivo" da situação, isto é, das razões que assistem a quem protesta.
A pergunta que nos devemos colocar é: porquê os protestos?
No essencial, abordo hoje o problema da "TTT - Terceira Travessia do Tejo".
Faço-o, na qualidade de simples cidadão eleitor e pagante de impostos, não no papel de engenheiro ou especialista na matéria - que não sou! Apenas e só porque este "desnorte" a que todos assistimos me deixa perplexo, preocupado e estupefacto.
Tentarei ser sucinto, para não vos maçar, usando sobretudo imagens elucidativas da minha linha de pensamento!
Quando o sr. Pinto de Sousa estava cheio de "certezas" acerca do Aeroporto na OTA, deixou "bem claro" que a TTT iria ligar Chelas ao Barreiro; Depois, fez-se silêncio.
Esfumadas as "certezas", os srs. Pinto de Sousa e Mário "jamais" decidiram, aceitaram e quase aplaudiram a nova localização do Aeroporto em Alcochete! Primeira preocupação pelo "desnorte".
Todavia, parecia ser consensual a construção de uma terceira ponte sobre o Tejo, surgindo de imediato três ou quatro opções.
Eu próprio, a 12 de Fevereiro, dei a minha "contribuição" sarcástica, AQUI.
A 3 de Abril, o (des)governo socretino escolhe a opção Chelas-Barreiro "com base no estudo comparativo do LNEC", cuja obra se iniciará em 2010;
O aparentemente indiscutível LNEC, parece ter sido condicionado a, rapidamente, aprovar a ligação entre Chelas e o Barreiro. Pinto de Sousa "dixit...", há que obedecer;
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, a 6 de Abril, considera que o processo que levou a esta opção "foi bem conduzido e nega ter feito qualquer tipo de pressão quando avisou que a outra solução poderia provocar atrasos e perda de apoios comunitários";
Por seu turno, Carlos Fernandes, administrador da RAVE- Rede Ferroviária de Alta Velocidade, admite a 17 de Março, que "uma eventual mudança de corredor para o projecto Terceira Travessia do Tejo poderá provocar um atraso de três anos na proposta para a ligação ferroviária do TGV."
Começam a ser demasiadas "coincidências" e, pelo caminho, ficam os defensores da opção Beato-Montijo... (como a CIP, que acabou por ter razão na localização do novo aeroporto), com outros (incluindo distintos socialistas e ex-socialistas) a fazerem coro com o impacte ambiental/visual e o excesso de trânsito que a opção defendida pelo (des)governo iria "despejar" em Lisboa!
Ao que consta, "se o novo aeroporto de Lisboa for em Alcochete, a terceira travessia do Tejo deve ser construída no eixo Beato-Montijo, permitindo uma redução de 30 a 40% dos custos", conclui o estudo da Confederação da Indústria Portuguesa.
"A travessia neste local [Beato-Montijo] traz uma melhor ligação ao novo aeroporto de Lisboa (NAL) no Campo de Tiro de Alcochete (CTA), mantém a boa ligação a toda a rede de suburbanos existente e penaliza somente em cerca de um minuto a ligação entre Lisboa e Barreiro, face à opção por Chelas-Barreiro", lê-se no estudo encomendado pela CIP.
Muito mais e melhor do que eu, todos estes "técnicos" e "experts" saberão do que estão a falar.
Eu, como simples e mortal cidadão pagante, sem nada contra quem vive e trabalha na margem Sul do Tejo, tenho alguma - diria mesmo, muita - dificuldade em entender esta fobia pela ligação Chelas-Barreiro. Baseado em quê? Apenas e só nestas imagens obtidas no Google Earth! E nem me atrevo a discutir se a ponte (fique ela onde ficar) deve ser ferroviária, rodoviária ou rodo-ferroviária...
(Base Aérea de Montijo e Montijo)
(Base Aérea de Montijo, Montijo e Alcochete)
(Chelas-Barreiro - com a BAM, Montijo e Alcochete)
(Beato-Montijo)
Façamos, então, um simples exercício, imaginando uma linha recta a unir dois pontos, como nos ensinaram desde a Escola Primária. Qual é, nestes exemplos, a mais apropriada? Difícil? Acho que não!
O difícil, é saber quanto custará realmente cada uma destas opções (Beato-Montijo ou Chelas-Barreiro), tendo em conta a localização do futuro Aeroporto em Alcochete!?!?!?
Sempre convém lembrar também, que a "derrapagem" dos custos do TGV já vai em 40% acima da previsão inicial e ainda nem se sabe ao certo onde e qual vai ser o trajecto definitivo!
Cá para mim, esta "certeza" sobre a TTT ainda não será definitiva! Já vi tantos recuos...
Como estes, por exemplo:
"Sócrates diz ser cedo para descer impostos
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou esta segunda-feira ser ainda cedo para se falar em descida de impostos, alegando que o Governo terá avaliar o impacto da crise financeira mundial e a evolução da economia portuguesa em 2008.", in "CM" de 10 de Março;
"IVA desce um por cento
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou esta quarta-feira a redução do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) de 21 para 20 por cento, passando a vigorar a partir de Julho deste ano.", in "CM" de 26 de Março, passados apenas 16 dias...
O sr. Pinto de Sousa tem tantas "certezas", mas tantas, que até se "atreve" a desmentir as piores previsões do FMI e mesmo do seu camarada presidente do Banco de Portugal, afirmando que, em Portugal, "a crise está ultrapassada".
Faço coro com o Jornalista António Ribeiro Ferreira, que, no "CM" de 7 de Abril, termina um seu artigo, escrevendo o seguinte:
"No meio desta loucura galopante, de tanta asneira e de muita conversa verdadeiramente da treta, valha--nos, nesta Primavera de 2008, a certeza de que vamos ter muito betão, muita obra pública, alta velocidade, um novo aeroporto e mais quatro anos com José Sócrates a dirigir os destinos desta desgraçada Pátria."
Felizmente, Jorge Coelho vai assumir a presidência executiva da empresa construtora Mota-Engil... e até Luís Filipe Menezes está de acordo: "o líder do PSD defende que quem exerceu funções públicas tem todo o direito, depois de as abandonar, a 'seguir o seu caminho'. 'Não devemos aumentar a blindagem do regime de incompatibilidades, o que é preciso é assumir com clareza quais são os interesses de cada um', afirmou Luís Filipe Menezes, que considerou Jorge Coelho um 'homem de grande carácter que merece muito respeito'".
Ora nem mais, visto que se trata dos "interesses de cada um"!
Ao final da tarde de ontem, 12 de Abril, faleceu João dos Santos Aguiam Serra, actual Presidente da Junta de Freguesia de Paço de Arcos.
Embora tendo sido informado há dias do seu estado de saúde e do seu internamento hospitalar, foi com sincera tristeza e consternação que recebi a notícia do seu falecimento.
Foi João Serra um dos dois militantes que subscreveu a minha filiação no Partido Social Democrata e, mesmo que alguns pensem o contrário, ele era actualmente apenas um adversário político, NUNCA um inimigo político... que penso não ter. Eu, pelo menos, não me considero inimigo de qualquer ser humano!
Desconheço, por ora, mais pormenores acerca da hora e local em que poderá ser velado o seu corpo ou sobre o dia e hora do seu funeral.
A sua esposa, D. Raquel, e a seu filhos, Alexandre e Luís, os meus sentidos pêsames!
Actualização: O corpo estará em câmara-ardente no Salão Nobre do Clube Desportivo de Paço de Arcos (junto ao Jardim), hoje, a partir das 15H30, realizando-se o funeral amanhã, pelas 11 horas, para o cemitério de Oeiras.
Caros leitores, a informática, às vezes, prega-nos partidas!
Tinha quase tudo preparado para concluir hoje o post de ontem e eis que me deparei com várias dificuldades em aceder a certas páginas essenciais à conclusão do trabalho que tinha em mente apresentar-vos... Uma vezes, surgia a mensagem de "servidor sobrecarregado, tente mais tarde" (?) - e eu bem tentei -, outras, pura e simplesmente, as páginas de necessitava, não abriam... Vá-se lá saber porquê?
Peço, por isso, a vossa compreensão e a paciência de aguadarem mais um dia.
Fica a certeza de que não iria falar-vos do PSD/Paço de Arcos (cujo Núcleo se extinguiu com a "desistência" de Nuno Linares Luís) nem do PSD/Oeiras...
O alvo do post era, obviamente, o sr. Pinto de Sousa.
Caso a "meteorologia informática" o permita, ainda hoje (11/4/08) ou amanhã (12/4/08) concluirei a abordagem ao tema iniciado em 9 de Abril.
As minhas desculpas!
Após a inauguração da "Ponte Salazar", em 1966, lembro-me de uma piada que se contava a esse propósito (penso que da autoria de Raúl Solnado) e que recordo hoje aqui. Dizia ele: "a ponte do quê? A...ponte você, que eu sou bêbedo mas não sou maluco!".
A propósito de ponte -e porque parece que, com este (des)governo, "o poder caiu na rua" - lembrei-me desta: a Ponte Chelas-Barreiro!
Por hoje, deixo-vos esta imagem, com a promessa de, amanhã, explicar o que disse atrás e emitir também a minha opinião. Já agora...!
Tal como havia anunciado a 29 de Março, na noite de 5 de Abril, fez-se silêncio e cantou-se o Fado, no Restaurante Nova Morada!
Noite memorável e com lotação completamente esgotada, o Fado foi "Rei e Senhor", em ambiente de total confraternização, que se prolongou muito para além das 24 horas...
Porque muitos foram os que não conseguiram lugar na sala, fica desde já a promessa da nova gerência, que o evento irá repetir-se no próximo dia 10 de Maio, outra descontraída sexta-feira.
Nos planos, está também prevista a realização de Noites de Gastronomia Africanas, comunidade que, na CHE Nova Morada, representa um "peso" digno de respeito.
Está de parabéns, toda a equipa que acompanha Sérgio Mouzinho e, por mim, lá estarei de novo!
Retomando o tema do post de ontem, quero partilhar convosco duas situações:
A primeira, refere-se a uma sondagem feita hoje à tarde (4-4-08) pela SIC Notícias, no programa "Opinião Pública", em que, através de telefonemas, os telespectadores podiam pronunciar-se acerca desta pergunta: "Insegurança nas Escolas, está a aumentar?"
O resultado foi este, e não me surpreendeu: SIM = 98% - Não = 2%. Acho que diz tudo!
A outra situação, oportuna, foi a recepção de um PPS com o seguinte texto, que dá que pensar:
"A Polícia de Houston, Texas, publicou uma lista de 10 “conselhos” para “criar um delinquente”. É interessante:
1- Comece na infância a dar ao seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando ele crescer, acreditará que o Mundo tem a obrigação de lhe dar tudo o que ele deseja;
2- Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isso fá-lo-á sentir-se interessante;
3- Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Espere até que chegue aos 21 anos e “decida por si mesmo”;
4- Arrume tudo o que ele desarrumar: livros, sapatos, roupas. Faça-lhe tudo para que aprenda a atribuir aos outros toda a responsabilidade;
5- Discuta com frequência na presença dele. Assim, não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde;
6- Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser;
7- Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar, pode acarretar “frustrações prejudiciais”;
8- Tome sempre o partido dele contra vizinhos, professores e autoridades. (Todos têm má vontade contra o seu filho);
9- Quando ele se meter nalguma complicação séria, desculpe-se, dizendo que nunca o conseguiu dominar;
E, finalmente...
10- Prepare-se para uma vida de desgostos.
Em resumo:
Eduquem as Crianças e não será preciso castigar os Homens”
Pitágoras
Ouvi hoje (3-4-08) o Sr. Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, referir-se à violência nas escolas, após audiência com o Sr. Presidente da República. Apercebi-me da veemência com que se referiu ao "flagelo" e, mentalmente, aplaudi-o, concordando em absoluto que o "fenómeno" (é assim que, de forma "politicamente correcta", se designa) não é de hoje nem se resume ao "dá-me o telemóvel... já!"
Como quase tudo em Portugal, também este acto está já a ser alvo de "lavagem" para cair no esquecimento. O que é mau e é pena!
Eu próprio, já ouvi e contestei comentários que se viram agora contra a Professora... do género de "ser a prova" de que os Professores não querem é trabalhar, "pois ela até aproveitou para umas fériazitas, alegando estar com depressão". Como é possível? É esta a reacção que merece a certos "adultos" um acto de indisciplina tão claro e violento? São jovens destes que queremos "amanhã" a dirigir os destinos do País... quem sabe?
Felizmente, não sou só eu a pensar desta forma; também Mário Crespo - segundo um artigo colocado no "Oeiras Local" -, escreve sarcasticamente no "JN" que "Não houve braço-de-ferro nenhum" e que pode ser lido AQUI. Nada de mais verdadeiro...
O alerta do Procurador-Geral foi notícia em rádios, televisões e jornais. Aleatoriamente, escolhi o "PortugalDiário" para que os "menos atentos" saibam o que ele disse:
"Violência: escolas têm o dever de denunciar
PGR diz que há alunos que levam pistolas. E facas «são às centenas»". (Ler AQUI).
Deixemo-nos de cinismos e admitamos todos que há anos que assim é! Pena, que apenas alguns o venham denunciando, que tem sido o mesmo do que "pregar no deserto"!
Agora, que a actual "menistra" da Educação dê tão pouca importância ao assunto, aí é que começa a ser mesmo assustador e perigoso.
"Ministra «preocupada» com armas nas escolas
Ainda assim, a preocupação manifestada pelo Procurador-Geral da República não encontra grande eco, uma vez que a ministra da Educação preferiu cingir-se aos números, nunca querendo comentar casos concretos ou até as próprias declarações de Pinto Monteiro.
Certo é que, no último ano lectivo, só a PSP apreendeu 260 armas: 13 armas de fogo, 165 armas brancas e 82 de outro tipo, normalmente réplicas de armas de fogo. Segundo a polícia, 64 por cento das ocorrências relacionadas com armas envolvem a utilização de facas ou canivetes, mas em cinco por cento dos casos são usadas armas de fogo adaptadas. Maria de Lurdes Rodrigues escusa-se a comentar estes números, limitando-se a dizer que «o ministério recolhe os dados, compila-os e reporta-os publicamente»".
É preciso ter lata! Actuar a sério, só na avaliação de Professores, não, sra. "menistra"?
Pessoalmente, até posso dar-lhe um exemplo que parece já estar esquecido de todos: o do Professor da Escola Preparatória Joaquim de Barros, em Paço de Arcos, a quem um desses "bem-comportados" aluno incendiou o carro como vingança... Creia que há mais (assisti a outros menos graves mas preocupantes), mas nem todos chegam a ser conhecidos cá fora, por medo de iguais represálias!
Mas, sra. "menistra" e demais descrentes, dou outro exemplo, que foi também notícia no Expresso de 25 de Março, sob o título:
"Novo exemplo de indisciplina na escola
Papa João Paulo II (Karol Józef Wojtyła)
18 de Maio de 1920 (Polónia) - 2 de Abril de 2005 (Vaticano)
Estadistas, precisam-se
Sobram os dedos de uma só mão para contar aqueles Estadistas que apareceram à frente do nosso País nos últimos cem anos.
Estão a tornar-se um bem preocupantemente escasso! Ou se é, ou não se é. Eis a questão!
Sabe-se que se nasce já com esse dom, e o muito que se pode fazer, é ajudar a melhorar o seu desempenho.
Mas, para tal, é preciso que eles apareçam.
Aqui radica, e mais transparece, toda a crise partidária; querer ou saber como captá-los. Eles andam por aí, não muitos, mas andam. Mesmo num País ingovernável como parece estar o nosso!
Este, ou qualquer outro governo, com o tempo, acaba por se sentir completamente tolhido na sua acção governativa, com uma liderança a pensar pequeno. A força das corporações, e outras, são de facto eficazmente bloqueadoras.
O País também o sente.
Num primeiro momento, os governantes que vamos tendo ainda inventam uma qualquer ASAE, para mostrarem que mandam. De facto mandam nas “ginjinhas do Rossio”!
Depois, o desânimo abate-se sem piedade. Eles não mandam nada! E o País vai andando mal.
Os possíveis Estadistas que existam neste reino, farejam esta realidade e, como qualquer homem comum, escondem-se na mediocridade, mesmo sentindo o chamamento.
Ficam-se nas covas. Não sentem o mínimo de condições exigíveis para avançar!
Aos donos dos partidos isto interessa e muito. A mediocridade da classe política serve a muita gente, não ao País. Principalmente quando o líder governativo apelida os seus opositores de mesquinhez, tomando como mérito seu o sacrifício de todo o povo para equilibrar as finanças públicas.
Os verdadeiros “Homens de Estado” para aparecerem precisam, no entanto, de acreditar ter chegado o momento certo. Depois, a sua acção e postura vão demolindo os bloqueios corporativos e vão fazendo sobressair os mais capazes. Afastam o servilismo e a obra começa a surgir. Com ela regressa a autoridade perdida.
O verdadeiro Estadista pensa na próxima geração, nunca na próxima eleição. O seu sentido de estado funciona melhor que qualquer GPS (Sistema de Posicionamento Global) na descoberta do caminho certo para os altos interesses colectivos. É uma pessoa desprendida, segue na senda dos valores e não se deixa enredar nos pequenos interesses de grupo. Torna-se incómodo, mas granjeia o respeito das maiorias. Arrasta com o seu forte carácter e força interior, todo o País para o desenvolvimento e bem-estar social.
Faz crescer o PIB em vez de escravizar a população com escandalosos impostos.
Os bandos corporativos, amantes de governantes fracos, deixam de ter a sua governação subterrânea, tão eficaz na defesa da continuidade dos seus interesses pessoais e de casta.
Os potenciais Estadistas, tal como os golfinhos na década de sessenta, quando a poluição invadiu o estuário do Tejo, fugiram para longe. A inteligência e sensibilidade dos golfinhos, tal como a dos Estadistas, não lhes permite lidar, dia a dia, com tanta opacidade. Querem a água onde se movimentam bem transparente.
Hão-de voltar um dia.
Mesmo assim, talvez esteja na hora do País pôr nos grandes jornais mundiais um anúncio como segue:
“Estadistas, precisam-se; condição indispensável falarem a língua de Camões desde nascença”
Certamente que no “casting” será rejeitado todo e qualquer candidato por afirmar que, com excepção do seu, todos os partidos estão mal.
Certamente será escolhido todo e qualquer candidato por afirmar que todos os partidos devem ser profundamente revistos no seu funcionamento interno. Todos estão mal.
Em especial há um que está completamente anestesiado.
As regras internas de funcionamento dos partidos devem ser legisladas e, portanto, serem iguais para todos, para que nos sufrágios haja, de facto, eleições democráticas.
Igualdade à partida.
Quem chamar a isto “coisas mesquinhas” não tem estatura de Estadista.
O povo paga com os seus altíssimos impostos os partidos que temos e deixa-lhes nas mãos o poder de conduzirem o País. Resta-lhe, a este povo, o direito que o funcionamento dos mesmos seja avaliado por uma credível “Alta Autoridade”, constituída por homens bons e de grande credibilidade. Em debate nacional.
A avaliação quando nasce é para todos. “Cada um dará o seu melhor para um país mais justo, para um país mais pobre...”.
António Reis Luz
Militante partidário
José Sócrates demite-se de primeiro-ministro e abre laboratório de taxidermia, com Mário Soares...
Alberto João Jardim filia-se no PS, após elogios de Jaime Gama...
Ana Jorge, ministra da Saúde, manda reabrir Urgências, SAP's e Maternidades encerradas por Correia de Campos... Mas ainda vai a julgamento por alegados pagamentos indevidos ao Hospital Amadora-Sintra...
Luís Filipe Menezes demite Ribau Esteves, já não vende Sede Nacional, prescinde dos serviços da empresa de marketing e recua na abolição das quotas dos militantes...
Fátima Felgueiras é condenada por conduzir sem carta no Rio de Janeiro...
Isaltino Morais é condenado por conduzir táxi na Suíça... sem licença para tal...
Pinto da Costa é condenado no processo "apito salgado"...
Pais adoptivos de Esmeralda, conseguem custódia definitiva da filha...
Valentim Loureiro é condenado... frigoríficos não tinham instruções em português...
Antes de se demitir, José Sócrates recua novamente na opção Alcochete...
Mário Lino processa Instituto da Natureza e demite-se em seguida. Inquirido se voltaria a integrar outro Executivo, respondeu laconicamente: "jamais... Jamais!"
Os cinco principais Bancos portugueses, baixam "spread's", comissões, gestões, etc., prescindindo assim de fabulosos lucros...
José Sócrates dá o dito por não dito e decide-se por Referendo popular ao Tratado de Lisboa...
Luís Filipe Menezes... vai "dormir" sobre o assunto...
Almeida Santos patrocina exposição do T Rex em Alcochete e "arma milícias" para segurança às pontes 25 de Abril, Vasco da Gama e Chelas-Barreiro...
Teixeira dos Santos fez contas, fez contas, fez contas... e decidiu baixar o IVA de 20 para 7%, o ISPP para 2%, abolir a dupla tributação sobre os automóveis, pôr fim à Mobilidade e aos Recibos Verdes na Administração Pública e... também se demitiu...
Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, revoga Estatuto do Aluno... com telemóvel...
José António Pinto Ribeiro, ministro da Cultura, vendeu a sua quota na sociedade Produções Fictícias (Gato Fedorento), prometeu deixar de ser advogado de José Quintela (Gato Fedorento) e de José Sá Fernandes (o "caladinho") e reforçar os apoios estatais ao Teatro de Revista... e demite-se...
António Nunes, presidente da ASAE, conclui que intervenções deste organismo assumem contornos "pidescos" e decidiu mandar agir apenas em casos de flagrantes atentados à saúde pública. Antes de se demitir, ainda confirmou que, os cem euros por hora que vai cobrar para participar em seminários, sessões de esclarecimento e intervenções realizadas em entidades públicas ou privadas, vão direitinhos para obras sociais...
José Sócrates garante que, agora que vai ter tempo livre, cursará engenharia... a sério...
Alberto Luz, depois de perder as eleições para a Santa Casa da Misericórdia de Oeiras, disse aos amigos que... nunca mais se mete noutra...
TV Cabo e Netcabo pedem desculpa aos clientes e assumem responsabilidade pelos maus serviços prestados... Netcabo chega mesmo a admitir mentira nos 30Mbps...
EDP considera ter lucros excessivos, baixa tarifas da electricidade e acaba com a "contribuição áudio-visual"...
Lisboagás segue exemplo, baixa tarifas e decide abolir "termo fixo natural"...
TVI garante que, "blocos publicitários", passarão de 30 para 29 minutos...
Pedro Afonso Paulo admite "erro" e diz que já não aceita de volta ao PSD/Oeiras militantes IOMAF...
Pedro Santana Lopes assegurou aos jornalistas que não voltará a "ofuscar" imagem de Luís Filipe Menezes...
Jerónimo de Sousa, em conferência de Imprensa, criticou duramente a política dos camaradas chineses em relação ao povo do Tibete...
Paulo Portas, asseverou que, na era "moderna", não voltaria a comprar submarinos nem herdades com sobreiros...
Francisco Louçã, por seu turno, garantiu desconhecer porque é que o "Zé" está tão caladinho...
José Sócrates jurou "a pés juntos" que nunca mais assina projectos para emigrantes ou que sejam considerados "mamarrachos"...
Luís Amado, ministro dos Negócios Estrangeiros, mostrou-se "arrependido" por denunciar "política de capelinhas" em todos os ministérios e garante nunca mais ficar de mão estendida à espera do cumprimento de Sócrates... Sem mais nem menos, demitiu-se...
Jaime Silva, ministro da Agricultura, garante que "em breve serão liquidados os cerca de 130 milhões de euros em ajudas que ainda estão por pagar aos agricultores" e que, afinal, não vai extinguir "o subsídio à electricidade verde para a agricultura"... Em seguida, demitiu-se...
Rui Pereira, ministro da Administração Interna, autoriza sindicatos na PSP e GNR, aumenta vencimentos e condições de trabalho a estes agentes nas esquadras, retira "condenação" à "destruição do campo de milho transgénico" (que a UE diz agora poder importar-se mas não cultivar-se) e segue exemplo dos colegas de (des)governo, demitindo-se...
Ministros em funções recusam-se a ficar sozinhos e... demitem-se em bloco...
António Costa conclui que dívidas da Câmara Municipal de Lisboa começaram a agravar-se no mandato do seu camarada Jorge Sampaio, mas atira culpas para o "Zé"...
José Sá Fernandes repudia acusação e garante que vai ressarcir o Município pelos custos no atraso do túnel do Marquês, admitindo associar-se à Bragaparques e devolvendo o Parque Mayer aos Comerciantes e Artistas...
Processo Casa Pia chega ao fim, com condenação dos culpados...
Quais? Ninguém sabe!
Junta de Freguesia de Paço de Arcos garante ir cortar em gasolina e gasóleo... arregaçar as mangas e... trabalhar em prol da população...
Dahhhhhhhhhhhhhhhhh!!! Primeiro de Abril... Dia das Mentiras...
Apesar de ter a "mania" de ver, ouvir e ler notícias, ainda há algumas que me surpreendem!
Como esta, por exemplo, acerca do "gigante" :
"Gestores da PT receberam 4,9 milhões por vitória na OPA
A Portugal Telecom deu prémios a alguns trabalhadores e gestores pela vitória na Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Sonaecom. Só os administradores receberam 4,98 milhões de euros por terem derrotado a oferta."
Ouvi nas televisões e reconfirmei no "Jornal de Negócios on line".
Srs. Administradores, desculpem lá a pergunta inocente:
Independentemente da justeza ou não da vossa atitude (que não discuto aqui), NÃO É SUPOSTO um trabalhador ou administrador defender os interesses da empresa onde trabalha, que gere, administra ou seja lá o que for? Eu, pobre criatura, pensava que sim!
Então, por "amor da santa", expliquem-me a razão deste "prémio"!
Já parecem os "prémios de jogo" pagos aos jogadores... em caso de vitória! Um jogador não deveria lutar e suar a camisola pela vitória do seu clube?
E, depois, admiram-se com comentários destes (no mesmo Jornal):
"submergente
expliquem-me como se eu fosse muito burro !
Mas não foram estes "senhores" que montaram um plano de downsizing para, como gostam de apregoar, cortar "nas gorduras" !!! Pois é, cortar "a gordura" significa na verdade cortar mais umas centenas largas de postos de trabalho e colocar mais e mais agregados familiares a sobreviver com os tostões, porque os milhões e a gordura são para meia dúzia. Viva o capitalismo, viva a pouca vergonha, viva Portugal !!! Até ao dia em que um pai de família injustiçado e desesperado por não poder oferecer uma vida com dignidade e com futuro aos seus filhos, por ter sido considerado "gordura" por estes bandidos pegue numa pistola e acabe com um destes membros do Board!!!"
Mais do mesmo ou mais nas mãos dos mesmos?
Quem paga? O utente, claro...
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