Assim parece, pois como se não bastassem as cisões, desavenças, manipulações e "défice democrático" que grassam na CP de Oeiras do PSD, vem agora a saber-se que do mesmo mal enferma a Concelhia do PS.
E se, como Militante do Partido Social Democrata, tal situação vivida pelo PS Oeirense, me deixa mais à-vontade enquanto adversário político, não posso - em boa verdade - deixar de a lamentar, apenas e só porque envolve um amigo que me respeita e que me habituei a respeitar: João Viegas, com quem tive alguns debates em sede de Assembleia Municipal, mas sempre pautados pela seriedade e o tal respeito mútuo.
Tomei conhecimento do "caso", justamente através do mesmo "Jornal de Oeiras" que publicou a entrevista ao presidente da CP do PSD de Oeiras e, agora, partilho-o convosco.
Se bem conheço o João Viegas, sei que não se acobardará e sairá à liça, em defesa daquilo em que acredita.
Já agora, publicamente, volto a agradecer-lhe o convite que me dirigiu para o seu jantar de Natal mas, como na altura lhe expliquei, havia assumido já outro compromisso para o mesmo dia.
João, ficam, então, os votos de um Próspero Ano de 2010!
Devo confessar, que nunca "morri de amores" pelo General Ramalho Eanes; mas uma coisa tenho que reconhecer-lhe: a sua verticalidade, seriedade e decência.
Razão pela qual reproduzo aqui uma Crónica de Fernando Dacosta, publicada em Outubro passado, sob o título:
"Quando cumpria o seu segundo mandato, Ramalho Eanes viu ser-lhe apresentada pelo Governo uma lei especialmente congeminada contra si.
O texto impedia que o vencimento do Chefe do Estado fosse «acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência» públicas que viesse a receber.
Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-se de auferir a aposentação de militar para a qual descontara durante toda a carreira.
O desconforto de tamanha injustiça levou-o, mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há pouco, se pronunciaram a seu favor.
Como consequência, foram-lhe disponibilizadas as importâncias não pagas durante catorze anos, com retroactivos, num total de um milhão e trezentos mil euros.
Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu, porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados - e não aceitou o dinheiro.
Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância, Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo, no arranjismo que o imergem, nos imergem por todos os lados.
As pessoas de bem logo o olharam empolgadas:
o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de dolorosíssimo abandono social.
Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que a Secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não, não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a.
Mas pedi-la, não. Nunca!»
O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria, pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e primeiras páginas de periódicos) explica-se pela nossa recalcada má consciência que não suporta, de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.
“A política tem de ser feita respeitando uma moral, a moral da responsabilidade e, se possível, a moral da convicção”, dirá. Torna-se indispensável “preservar alguns dos valores de outrora, das utopias de outrora”.
Quem o conhece não se surpreende com a sua decisão, pois as questões da honra, da integridade, foram-lhe sempre inamovíveis. Por elas, solitário e inteiro, se empenha, se joga, se acrescenta - acrescentando os outros.
“Senti a marginalização e tentei viver”, confidenciará, “fora dela. Reagi como tímido, liderando”.
O acto do antigo Presidente («cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum», como escreveu numa das suas notáveis crónicas Baptista-Bastos) ganha repercussões salvíficas da nossa corrompida, pervertida ética.
Com a sua atitude, Eanes (que recusara já o bastão de Marechal) preservou um nível de dignidade decisivo para continuarmos a respeitar-nos, a acreditar-nos - condição imprescindível ao futuro dos que persistem em ser decentes."
Sem comentários!
Ainda a propósito do anedótico "Conto de Natal" que publiquei a 27 de Dezembro, dou-vos hoje a conhecer mais alguns pormenores acerca da forma como foi "disponibilizado" um funcionário da CMO para apoio ao Gabinete da Vereação PSD na Edilidade.
Como referi, tal "disponibilização" foi feita à revelia da primeira eleita e candidata à presidência da Câmara em Outubro passado, sendo que os dois documentos que podem ler aqui, lançam uma "luz" mais clara sobre o assunto.
Já agora, fiquem a conhecer também o teor da carta dirigida por Isabel Meirelles ao "seu" n.º 2 e vice-presidente da Distrital de Lisboa do PSD. Missiva essa que, até hoje, não obteve qualquer resposta.
"Dr. Pedro Afonso Paulo,
Venho dar-lhe conta da minha absoluta discordância pela forma como o processo de constituição e nomeação do Gabinete de Apoio à Vereação do PSD foi conduzido. As razões são as seguintes:
1. Fui eu a Cabeça de Lista nestas Eleições Autárquicas à Câmara Municipal de Oeiras. Logo, mais que não seja por uma questão de bom senso, a proposta do Funcionário da CMO para prestar apoio administrativo devia partir de mim ou ter, no limite, a minha anuência;
2. No mínimo a proposta deveria reunir consenso;
3. A indicação do Funcionário afecto ao Gabinete da Vereação do PSD, segundo informação do Chefe de Gabinete do Presidente da CMO, Dr. Nuno Costa , teve como fundamentos os indicados na alínea d) do Despacho 18/09 do Presidente da CMO;
4. Ou seja, esta indicação foi feita pelo Vice-Presidente da Distrital do PSD Lisboa. Ora a indicação feita deste modo, consubstancia uma arbitrariedade de procedimentos, e uma suspeita de conluio entre um órgão de um partido político e um órgão autárquico, dado que não existe competência estatutária ou outra, para que este órgão político pudesse tomar posição na questão acima descrita.
Assim, e para que esta informação fique fundamentada, não posso deixar de aclarar que o Funcionário Luís Gonçalo Teodósio:
1. Foi apoiante do Movimento IOMAF, cujas listas integrou há 4 anos;
2. Foi, por isso, expulso do PSD;
3. Não tem as competências formativas necessárias para o exercício do cargo, dado ter estado até ao momento no Gabinete de Comunicação da Câmara de Oeiras;
4. Não goza da minha confiança política ou outra.
Assim, não aceito a forma secreta e traiçoeira como o processo foi conduzida e, por consequência, não a considero, para todos os efeitos legais, como vinculativa.
Em suma, deve o Funcionário que vier a prestar apoio administrativo ao Gabinete da Vereação do PSD ser nomeado de forma consensual por nós, e o referido Luís Gonçalo Teodósio ser por si dispensado, imediatamente, das funções para que o indicou.
Finalmente, dadas as conhecidas relações privilegiadas que mantém com a CMO, peço que me indique uma lista de nomes aptos a preencher aquele cargo.
Com os meus cumprimentos,
Isabel Meirelles"
Que se seguirá?
Já passaram quase vinte aninhos...
Quantos passarão sobre o processo "Face Oculta"?
in CM - 29.12.2009
Este, não é o mundialmente conhecido conto de Charles Dickens, mas também aborda terríficas visões do passado, presente e futuro.
Este, não foi realizado pelo bem conhecido Robert Zemeckis, mas propõe igualmente uma viagem à mais pura ficção, já que se baseia na tentativa, cada vez mais insistente, do regresso ao Partido Social Democrata de militantes expulsos por integrarem listas IOMAF (pena é que outros, que não integraram mas fizeram e fazem o "jogo" deste movimento, não tivesem sido abrangidos).
Este conto explica ainda como e o que se deve fazer para engraxar, obedecer, agradar e manter privilégios pessoais, sob a capa de apenas defenderem Oeiras e os Munícipes.
Depois, quais Sócrates no seu melhor, encolhem as garras e dizem-se muito ofendidos por serem atacados...
Comecemos pelo "cartaz" do filme "em cena"!
O "elenco" inclui diversos personagens e, se bem se recordam pois que o referi aqui, até teve bastante "impacto" em discurso proferido na Assembleia Municipal...
Continuou, como era de esperar, na "nomeação" de um funcionário (IOMAF) da CMO para o Gabinete de Apoio aos Vereadores PSD, nomeação essa combinada por Pedro Paulo mas... sem o conhecimento da primeira eleita - Isabel Meirelles -, que obviamente o recusou!
Os apelos à "união da família", chegaram mesmo ao Twitter. Ora vejam lá!
Reparem que, até o candidato "laranja-verde-alface" a Paço de Arcos apelou à "união da família social democrata no Concelho de Oeiras".
Por isso, foi com naturalidade que soube da aprovação das GOP's para 2010, em reunião de Câmara do dia 4 de Dezembro, pelos vereadores que substituiram Isabel Meireles e Pedro Paulo, impedidos por motivos de força maior de estarem presentes.
Transcrevo a parte final das intervenções que, como se esperava, dão a entender que ainda é o PSD quem dirige os destinos do Município:
"E porque as GOP são um meio para chegar a tal desiderato, o PSD vota favoravelmente este documento. Naturalmente se este orçamento fosse apresentado pelo nosso grupo político seria possivelmente diferente, mas de um modo geral concordamos estas GOP e como tal repetindo o que disse anteriormente votamos a favor.
Intervenção do Vereador Ricardo Rodrigues, Vice-Presidente do PSD de Oeiras na Reunião de Câmara de 04/12/2009."
"Se fosse o PSD a fazer este documento certamente que poderia ser diferente, no entanto o nosso objectivo não é fazer oposição para dizer que fazemos oposição mas sim uma oposição coerente e construtiva para o bem comum.
Intervenção do Vereador Ricardo Júlio Pinho, Presidente da JSD de Oeiras na Reunião de Câmara de 04/12/2009."
Tão iguaizinhos que eles são...
Mas, como o disparate parece não ter limites, repete-se a "gracinha" de fazer uma "petição" para o regresso de Bernardo Maria...
Disparate tanto maior, quando é o próprio que faz circular este e-mail:
"From: Bernardo Maria Caldeira
<bm_ejns@hotmail.com>
Date: 14/12/2009 03:31
Subject: Petição por mim, Bernardo Maria
To:
Caros (as) amigos (as),
Acabei de colocar uma petição online que tem a ver comigo apesar da ideia não ter sido minha nem escrita por mim. (???)
O titulo é: «pela restituição da militância plena do companheiro Bernardo Maria de Villa-Lobos Freire Caldeira».
Se puderem, subscrevam aqui:
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2009N888
Pedia-vos também que divulgassem por email e redes sociais.
Envio em anexo a petição em papel pois pretendo chegar pelo menos às 500 assinaturas e enviar cópia para a Jurisdição, Secretaria-Geral e Presidente do PSD.
Espero puder contar convosco.
Beijos e abraços,
Bernardo Maria"
(Se decidirem verificar, como eu fiz, notem as muitas repetições de assinaturas...)
Finalmente, qual cereja em cima do bolo, é o próprio presidente da CP de Oeiras do PSD quem, em entrevista ao "Jornal de Oeiras" do passado dia 22, propala aos sete ventos essa união... que não é "de facto" mas pretende que seja um facto.
Espero bem que, desta vez - e dada a amplitude da continuada desestabilização, ofensas à presidente do Partido (a história repete-se) e outros responsáveis nacionais, manipulação e "coligação" com o IOMAF na Secção de Oeiras -, a Comissão Política Nacional tome a atitude que há muito devia ter tomado... e aja!
Pois que da Distrital de Lisboa...
Um dia depois do "nosso sócretino PM" ter defendido a urgência da regionalização ("O primeiro-ministro, José Sócrates, defendeu esta quarta-feira que a regionalização é "indispensável e urgente", apesar da proposta de criação das cinco regiões não ser "completamente unânime" no seio do PS." - CM, 16.12.2009), eis que vem a terreiro o reeleito e reempossado presidente do Supremo apelar à "regionalização da Justiça".
Mas, isso nem seria o pior que ocorreu na tomada de posse de "sua esselência"...
Não é que o "homem" pretende reintroduzir a malfadada Censura em Portugal!!!
Pois é, é isso mesmo.
Na "versão livre" de Noronha Nascimento, deve ser criado um organismo que controle, amordace e cale os Jornalistas - certamente, o maior desejo do "nosso sócretino PM e sus muchachos" -, "culpados" pelas fugas de informação do segredo de Justiça!
Ora, o que "sua esselência" se esqueceu, é que um "segredo", quando contado a outrem, deixa de o ser. E mais: o dever de um bom Jornalista, é aproveitar as "cachas" que lhes colocam nas mãos; ou seja, se o Jornalista divulga, é porque alguém o informou...
"Capice", "esselência"?
Actualização, a 19.12.2009:
Para além do Sr. Presidente da República já ter convocado uma reunião com "sua esselência" para explicação do opinado, eis aqui a reacção do Sindicato dos Jornalistas.
No próximo fim de semana, prometo que vos darei conta de outras "faltas de vergonha" mais "caseiras"... aqui por Oeiras!
Até que enfim... agora, já sabemos quem é quem no Executivo da Junta de Freguesia de Paço de Arcos.
Mas, como "a pressa é inimiga da perfeição", a composição da Assembleia de Freguesia mantem-se inalterada!
"É a vida", como dizia o "outro"...
A Vila e Freguesia de Paço de Arcos comemoram hoje o 83.º aniversário da sua elevação a esses estatutos, como podem confirmar pelo programa constante do site da referida Junta.
Ao menos, actualizaram isso há uns dias...
Esqueceram-se foi, que as eleições Autárquicas ocorreram no já longínquo dia 11 de Outubro e que a tomada de posse da Assembleia de Freguesia e eleição dos quatro vogais da Junta, tiveram lugar a 3 de Novembro... Há mais de um mês!
Ora, como podem constatar, Francisco Abrunhosa ainda integra o Executivo...
... e a Assembleia de Freguesia "mantém" esta composição...
Distracções!
Nota: Segundo julgo saber, o meu grande Amigo Luís Finote será muito justamente homenageado com a Medalha de Mérito da Freguesia mas, infelizmente, não poderá estar presente.
Amanhã (quarta-feira), pelas 21h00 no Hotel Tivoli, em Lisboa, terá lugar o 1º Encontro do Ciclo de Encontros do Instituto Francisco Sá Carneiro, “PSD 35 Anos: Novos Tempos, Novos Desafios, Novas Ideias”.
O Metropolitano de Lisboa comemora este mês 50 anos de existência.
Numa iniciativa privada, a ML 7, composição preservada dos primeiros anos do Metropolitano de Lisboa, voltou a seduzir e surpreender quem andou pela Linha Azul há dois fins-de-semana entre a Pontinha e a Estação de Parque. Fica o apontamento recolhido na Praça de Espanha (antiga Palhavã), uma das 11 estações da rede inaugurada em 1959.
Com os agradecimentos ao Rui Ribeiro, que me enviou o link, aqui vos deixo as imagens do evento.
Divirtam-se!
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