Segunda-feira, 31 de Maio de 2010
Inevitabilidade...

Palavra polisilábica (oito sílabas) com 15 letras que, confesso, me deixa sempre arrepiado, pois tenho para mim que, só há duas coisas efectivamente inevitáveis: a doença e a morte; além do Fado, é claro, bem português e que, talvez por essa razão, nos tolda o raciocínio. O resto, é perfeitamente evitável.

Vem isto a propósito da semana que terminou, malfadada para o "trocas-te", para o PS e, sobretudo, para os portugueses pensantes.

Seria longo e fastidioso, relatar tudo o que de mal aconteceu neste e a este País e, assim sendo, optei por recordar-vos em "flashes" alguns dos exemplos de como o (des)governo socialista já nada tem para dar (como nunca teve) a Portugal e aos portugueses. A sua política de zigue-zague, de ora sim ora não, já "bateu no fundo", arrastando com ela o nosso País!

Antes de vos mostrar os exemplos atrás referidos, vou tentar justificar o porquê de não gostar do termo "inevitabilidade", mesmo correndo o risco de repetir palavras que aqui já utilizei.

Dizem-nos que é inevitável cortar no consumo; que andamos a "viver acima das nossas posses". Quem? O português comum, não será certamente.

Dizem-nos que é preciso consumir, para que o mercado funcione. Quem? Os Bancos e empresas de crédito a eles ligadas.

Dizem-nos que é preciso deixarmos de ser trabalhadores "não qualificados" e que o futuro está na formação dos jovens. Quem? Governo, grandes empresários e "analistas". E que vemos? Jovens (e não só) qualificados, com cursos superiores, a trabalharem em hipermercados, em call centers...

Dizem-nos que "temos de produzir mais", que não produzimos. Quem? O Governo, grandes empresários e "analistas". E que vemos? O Governo a gastar sem produzir, certos grandes empresários a investirem hoje para "colherem" já amanhã... E muitos, mesmo muitos jovens e menos jovens a conseguirem sucessos atrás de sucessos fora das nossas fronteiras. Se somos bons "lá fora", por alguma razão somos "maus" cá dentro, não acham?

Dizem-nos que temos maus professores, que por isso devem ser vilipendiados e sujeitos a avaliação. Quem? O Governo e "analistas". E que vemos? Excelentes professores a serem impunemente agredidos quando chamam os "meninos" à atenção e até os "obrigam" a fazer coisas "infames", como seja puxarem as calças para cima... O que temos, são maus educadores em casa, paizinhos e mãezinhas desinteressados que acham uma maçada chamarem os filhos à razão.

Dizem-nos que não existe aumento da violência. Quem? O Governo e algumas "estatísticas bem trabalhadas". Mas todos os dias sabemos de roubos e assaltos sangrentos, polícias agredidos e já sem qualquer autoridade. O Polícia é sempre culpado até prova em contrário... e não a inversa.

Dizem-nos que os Bancos correm o risco de não terem liquidez. Quem? O Governo, os "analistas" económicos, a União Europeia e os banqueiros. E que lemos? Lucros crescentes de milhões e milhões, subida das taxas sobre serviços prestados (quem os presta? Os impessoais computadores?), sobre os empréstimos de que os cidadãos e as pequenas e médias empresas tanto necessitam, milhões não declarados e colocados em off-shores...

Dizem-nos que a população portuguesa está a envelhecer e que os nascimentos decresceram drasticamente. Quem? O INE. E que constatamos? O (des)governo e os deputados de "trocas-te" a aprovarem a Lei do Aborto (pomposamente designada por Interrupção Voluntária da Gravidez) e os casamentos gay (imaginativamente chamados de casamentos entre pessoas do mesmo sexo).

Dizem-nos que a Justiça funciona bem. Quem? O Governo. E que constatamos? Uma "justiça" com dois pesos e duas medidas: a dos ricos e a dos pobres.

Um deputado do PS "roubou" dois gravadores, mas dizem-nos que o fez "em nome da honra"... mas ninguém parece saber onde estão os ditos gravadores...

Dizem-nos que os "casos Freeport", "Cova da Beira" e PT/TAGUSPARK/TVI "nunca existiram"; que o processo "Face Oculta" é uma "campanha negra", como o são todos os inexplicáveis e inexplicados "casos" que envolvem o "trocas-te" e "sus muchachos"... E há quem acredite!

Dizem-nos que precisamos de um novo aeroporto... já! Quem? O Governo. E que vemos? O Aeroporto da Portela com slots desaproveitadas por falta de tráfego... E acreditamos.

Dizem-nos que é imperioso "rasgar" mais autoestradas. Quem? O Governo. A realidade, é que precisamos de melhorar rapidamente os pisos, traçados e sinalização nas Estradas Nacionais.

Dizem-nos que as "Scut's" têm de ser portajadas segundo o princípio do utilizador-pagador (e eu até concordo). Quem? O Governo. O mesmo que, há seis anos, se insurgiu contra tal medida e não mais se preocupou em saber se há alternativas com um mínimo de qualidade e segurança.

Dizem-nos que é impensável adiar a ligação Lisboa-Madrid em TGV. Quem? O Governo (e, por detrás dele, grandes interesses económicos), que aponta para a criação de milhares de postos de trabalho, esquecendo que isso seria apenas na fase de construção. Depois...

Dizem-nos que é urgente encerrar Centros de Saúde e Hospitais, cortar nas horas extraordinárias de Médicos e Enfermeiros, subindo também a sua idade de reforma. Quem? O Governo. E que vemos? O mesmo Governo a contratar Médicos estrangeiros, Médicos já reformados, a instituir prémios de desempenho, a lançar nas "ruas da amargura" as únicas duas classes que cuidam da nossa saúde, com as listas de espera a eternizarem-se sem fim à vista.

Dizem-nos que é preciso trabalhar mais anos, pois de outra forma, a Segurança Social (leia-se, reformas) está votada à extinção. Quem? O Governo e alguns "analistas". E que vemos? O Governo a gastar, a gastar, a gastar em superficialidades.

Dizem-nos que o "apertar do cinto" tem como horizonte o ano de 2011. Quem? O Governo (e o PSD, que acreditou). E que nos espera? O "emagrecimento" forçado, pelo menos até 2013... 14... 15... 16... e por aí fora.

Dizem-nos que "é preciso vir para a rua" protestar. Quem? Uma única Central Sindical. E para quê? Para descermos - ordeiramente - a Avenida da Liberdade.

Qual Liberdade? A deste (des)governo, cujo fito é apenas e só coarctar a Liberdade de Expressão?

Bom, acho que como exemplos, já chega, se não, corro o risco de me conotarem com uma esquerda que não quero nem acredito!

Vamos a factos (aqui expressos de forma aleatória e todos ocorridos na semana finda, à excepção de um):

 

Famílias passam a receber menos e a pagar mais IRS

in DN - 25-05-2010

Médicos vão ganhar menos

in CM - 25-05-2010

Pagamos mais pelos remédios

in CM - 25-05-2010

Creches e lares com aumento zero no ano da crise social

in I - 25-05-2010

Cortes nos prémios e nas progressões vão afectar 45 mil funcionários públicos

in Público - 25-05-2010

Deputados vão receber mais dinheiro para viagens e transportes

in Sol - 25-05-2010

PSP gradua oficiais e esquece os agentes, na GNR um quarto da verba vai para 64 oficiais

in Público - 20-05-2010

Polícias pagam para aprender a conduzir

in Expresso - 24-05-2010

Andreia conseguiu um trabalho na Ikea
(Dos admitidos, um em cada cinco é licenciado.)

in Expresso - 25-05-2010

Miguel Portas versus deputados europeus...

Aqui

(Ao votarem ao lado do PS, contra o adiamento do malfadado TGV, PCP e BE perderam a pouca credibilidde que lhes restava)

PGR diz que "Portugal não é um país de corruptos"

in DN - 27-05-2010

PGR ‘esconde’ queixa contra Sócrates

in CM - 29-05-2010

"A Manela não apresenta mais o jornal" - Armando Vara

in Sol - 28-05-2010

Governo acaba com oito medidas de apoio ao emprego

in DN - 26-05-2010

As pequenas grandes despesas do Estado

in Sol - 27-05-2010

OCDE revela que "não há degradação" do desemprego, afirma ministro da Economia

in SAPO/SIC - 26-05-2010

Meio milhão vive apenas com o salário mínimo

in JN - 27-05-2010

Finanças pagam o dobro a jurista

in CM - 27-05-2010

Jogadores recebem 800 €/dia na Selecção
(Ronaldo chega de helicóptero, passa folga em iate de luxo e Deco vai a Barcelona em jacto alugado, Inês de Medeiros recebe 528 euros por dia em ajudas de custo... e há quem aplauda)

in CM - 27-05-2010

Pinto da Costa declarou 4496 €
Será só ele? (Nuno era o futebolista mais bem pago e apresentou 16 mil euros)

in CM - 25-05-2010

Fungagá da bicharada

António Ribeiro Ferreira in CM - 25-05-2010

Nomeações não param no Governo

in Sol - 28-05-2010

Jornalistas condenados só por publicarem escutas

in DN - 28-05-2010

 

E como se isto não bastasse, "ordens superiores" mandaram encerrar o site NavPt, consultado diariamente por funcionários da TAP, ANA, NAV, GroundForce e outras empresas do ramo, e por centenas de entusiastas dos aviões e da aviação, como eu...
Medo de quê? De Bin Laden? Só se for isso.
No entanto, livre e naturalmente, outros sites idênticos continuam acessíveis em todo o mundo. Como este, por exemplo: Flightradar24.

Para encerrar, mais uma achega:

"E se de repente um economista lhe dissesse uma coisa diferente?"

Daniel Oliveira in Expresso - 25-05-2010

 

Penso que, com estes exemplos, os portugueses pensantes também deixarão de acreditar na inevitabilidade. Para os outros, deixo mais duas belas "pérolas".

Esta: O vídeo de que todos falam: Sócrates e o portunhol na TVE

in I 24-05-2010

E esta: "Sócrates contra Sócrates"

 

Definitivamente, não gosto da palavra inevitabilidade, porque, além do mais, me lembra isto:

 



Publicado por rui.freitas às 01:44
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Terça-feira, 25 de Maio de 2010
In "Público" "veritas"...
   in

 

Crise? Qual crise?

O Benfica é campeão... o Papa veio a Portugal... a Selecção está na Covilhã (e já mostrou o que vale...)... o Rock in Rio é um sucesso... o Mourinho é campeão europeu... Que mais queremos?



Publicado por rui.freitas às 01:09
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Paroles, paroles, paroles...

É, eu sei que são só palavras, intenções e que os portugueses são um "povo sereno, de brandos costumes", mas... pode ser que sirva para alertar consciências contra os que nos garantem "a pés juntos" que não há outa(s) solução(ões)!

 

  A dança das medidas adicionais para reduzir o défice


"1. De acordo com a Nota do Conselho de Ministros de hoje, 20 de Maio de 2010, vamos ter:
a) O aumento, em 1 ponto percentual, de cada uma das taxas do IVA;
b) Uma tributação adicional em sede de IRS, mediante um aumento, correspondente a 1 ponto percentual, das taxas gerais deste imposto aplicáveis até ao 3º escalão de rendimentos e a 1,5 pontos percentuais a partir do 4º escalão;
c) Uma tributação adicional em sede de IRC, aplicando uma sobretaxa correspondente a uma derrama de 2,5 pontos percentuais às empresas cujo lucro tributável seja superior a 2 milhões de euros.
2. Quanto ao IRS o Governo vai “proceder a uma adaptação de tabela de taxas prevista no artigo 68º do respectivo Código de modo a assegurar que, embora formalmente essas taxas incidam sobre o conjunto dos rendimentos de 2010, o acréscimo de tributação resultante desta alteração corresponde a uma aplicação efectiva a apenas 7/12 avos do rendimento anual, isto é, como se valesse a partir de 1 de Junho”.
Isto é:
• A tributação adicional de IRS já não é desde JULHO, como inicialmente anunciado, mas desde JUNHO;
• Se a incidência não é sobre os rendimentos de JUN a DEZ, mas sobre o rendimento anual, para o que se procederá a uma adaptação da tabela de taxas, então o que temos, formalmente, é a criação de taxa com efeitos retroactivos o que, julgamos, é inconstitucional, pelo que o STE vai estudar as medidas a adoptar."

 

Para atenuar o défice: Onde o Governo poderá ir buscar verbas sem penalizar os portugueses?

 

"Numa altura em que o Governo se multiplica com anúncios de cortes para alegadamente controlar as contas públicas.
Numa altura em que nunca sabemos se a verdade de hoje é a mentira de amanhã, tal a superficialidade das análises que levam a alterar, num escasso número de dias, medidas de contenção anunciadas com toda a segurança, importa olhar para as realidades do Estado antes de avançar por outro tipo de soluções.
Tem-se falado no combate ao desperdício, mas ele até agora tem sido apenas aceite de uma forma muito mastigada, o que significa que o Governo poderá ir muito mais longe.
Vimos hoje a público dar um exemplo, de acordo com números a que o STE teve acesso, quanto ao consumo intermédio expresso no sector de despesa, em sede de OE 2010, que engloba aquisições de bens e serviços, encargos com as parcerias público privadas e com as scuts, entre outros gastos.
As despesas de consumo intermédio representam, neste caso, um valor previsto de 7.828 milhões de euros, equivalente a 4,7% do PIB, o que corresponde a mais 500 milhões de euros do que em 2009 (+6,9%).
Vamos por partes: só ao nível de Aquisições de Serviços na Administração Pública Central o crescimento para este ano aponta para 816 milhões de euros mais do que no ano passado – o valor agora previsto é de 7.709 milhões de euros – penalizado essencialmente por verbas excessivamente elevadas dos Fundos e Serviços Autónomos, especialmente nos Serviços de Saúde, reflectindo o pagamento dos Serviços prestados pelos hospitais empresarializados.
No Estado, apesar de estarmos numa situação de crise, as despesas com aquisições de serviços também aumentam, se bem que em menor escala: mais 18 milhões de euros para encargos em serviços de assistência técnica e em outros trabalhos especializados.
O esforço financeiro líquido do Estado em Empresas Públicas não pára também de aumentar. Prevê-se que se situe em 1,6%do PIB em 2010, a que correspondem mais de 1000 milhões de euros face ao ano anterior. E só a despesa com subsídios (pasme-se!) cresce 17,6%.
Isto para acentuar, com estes pequenos exemplos de uma panóplia mais vasta que, a exigência de mais sacrifícios aos trabalhadores poderá ficar para um tempo posteior ao do efectivo saneamento das finanças do Estado.
Para se ter uma ideia, só um corte de 10% no consumo intermédio representaria uma poupança de 783 milhões de euros, quase metade do valor exigido para se atingir o défice público de 7,3% do PIB, colocado como meta pelo Governo para este ano!
Mas não! O Governo prefere sacrificar ainda mais os trabalhadores, retirando-lhes condições de vida.
Reduzindo o rendimento disponível dos que estão no activo e dos pensionistas através de salários e pensões cada vez mais baixos.
Conter outros tipos de consumo é que não. O Governo prefere, nesse caso, continuar a fazer vista grossa."

 

  Medidas anti-sociais podiam ter sido evitadas

 

"Os portugueses foram abalados com as medidas tomadas pelo Governo que vão agravar ainda mais as suas dificuldades.
Portugal chegou a esta situação de insustentabilidade das Finanças Públicas, por terem sido seguidas políticas económicas erradas, que agravaram os indicadores macro-económicos e comprometeram a nossa credibilidade internacional, bem patente na redução da notação da dívida soberana nacional.
As medidas agora anunciadas, são dolorosas do ponto de vista social mas, infelizmente, inevitáveis. Serão assim os portugueses a pagar os sucessivos erros económicos da governação socialista dos últimos anos. Estamos confrontados com uma situação de emergência nacional.
Este pacote de austeridade, o mais violento da história da nossa democracia, foi decidido à revelia de qualquer negociação com os parceiros sociais ou qualquer concertação social em sede própria, o que é simplesmente lamentável.
Os TSD não podem aceitar esta prepotência governativa de um executivo sem rumo, que poderia ter atempadamente evitado parte desta crise, se aos inúmeros avisos do PSD não tivesse respondido sempre com a arrogância da incompetência.
O Governo, que enganou os portugueses durante todos estes anos, prepara-se para criar mais pobreza e desesperança.
O IRS e o IVA aumentam, sufocando as famílias e as empresas.
O número de falências e de desempregados, infelizmente, vai crescer, tal como cresce o número de desempregados sem subsídio.
O trabalho precário – que paulatinamente assume as formas de trabalho do século XIX – cresce com o Governo a dar o exemplo.
O Governo não limita a criação de estruturas paralelas na Administração Pública, mas continua a esbanjar o dinheiro dos contribuintes nessas estruturas, na aquisição de serviços com fundamentação mais do que duvidosa, duplicando gastos para satisfação de boys e amigos.
O Governo anuncia o congelamento das admissões na Função Pública, mas continua na senda do desmantelamento de serviços, que acabam por ser substituídos por empresas de trabalho temporário.
Os portugueses não podem aceitar que, por um lado, sejam chamados aos maiores sacrifícios e, por outro, o Governo anuncie um TGV entre dois apeadeiros e continue a desbaratar o que tanta falta nos faz para animar a economia real.
Os sacrifícios só podem ser aceites se parar a irracionalidade gestionária e se não se traduzirem no enriquecimento de alguns e no cada vez maior empobrecimento de todos nós.
Mas os portugueses vão ser capazes de vencer
Perante o quadro negro a que o governo socialista conduziu o País, os portugueses não podem resignar-se e deixar cair os braços.
É nos momentos de maiores dificuldades, que têm de rasgar-se horizontes novos e construir-se as bases para um futuro diferente, melhor e mais justo.
É em tempos difíceis como os de hoje, que os portugueses têm de reflectir e decidir sobre o aproveitamento das suas capacidades e recursos próprios, para se afirmarem na Europa e no Mundo e estarem menos dependentes do exterior.
A economia do País, com políticas correctas, deve maximizar a utilização dos recursos disponíveis, nomeadamente dos recursos humanos e dos recursos naturais.
Portugal necessita de apostar no know-how adquirido pela sua população. Contrariamente ao que seria exigível, não soubemos preservar e desenvolver o saber em várias áreas de actividade onde existe integração de vários sectores de actividade.
A actividade económica portuguesa tem um elevado peso do sector terciário, com um sector bancário moderno, um sector de comércio desenvolvido - embora necessitando de melhorar no comércio externo - e um sector de comunicações actualizado, percebendo-se um desequilíbrio com os restantes sectores económicos.
Assim, é necessária uma estratégia e um esforço de desenvolvimento que incida principalmente nos sectores, primário e secundário.
Para preservar o pouco património agrícola que temos, torna-se absolutamente necessário desenvolver políticas de solos e de incentivo à exploração agrícola, e de retenção e gestão da água, distribuindo-a em função do objectivo da exploração dos solos.
Outra dependência da nossa economia, é a dependência energética. Portugal tem um elevado consumo de energia per-capita. Tal deve-se, entre outras razões, a uma utilização pouco racional da energia nos transportes.
Ao privilegiar-se o transporte rodoviário de longo curso, devido à sua flexibilidade, pela construção de uma rede rodoviária de dimensão excessiva quando comparada com alguns países europeus, deu-se prioridade à utilização de um meio de transporte menos eficiente que o comboio ou o barco.
Pelo que, de uma forma integrada, impõe-se apostar e incentivar:
− as actividades do mar, onde as poucas escolas existentes lutam com dificuldades para sobreviver, e onde a maioria dos trabalhadores prestam serviço para armadores estrangeiros;
− a agricultura, que vê parte dos seus terrenos aráveis serem consumidos pelo betão;
− a industria energética, que permita aliviar a dependência do exterior;
− a reformulação dos transportes terrestres, para poupança da energia.
É nestas alturas de dificuldades, que mais se impõe criar alternativas e encararmos o futuro com determinação e confiança no País.
Os TSD não confiam neste governo, porque é o primeiro responsável pela perda de coesão económica e social e pelos sacrifícios agora impostos ao País, mas acreditam nos portugueses."

 

Andamos ou não a viver num "poceirão"?



Publicado por rui.freitas às 00:38
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2 em 1...

Ao lembrar-me "disto"  e "disto", não resisti a publicar "isto"



Publicado por rui.freitas às 00:20
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Quinta-feira, 20 de Maio de 2010
E agora, "Trocas-te"?

Madrid adia TGV e baralha Portugal

in JN - 20-05-2010

"O ministro da Obras Públicas alertou ontem, quarta-feira, para o risco de Portugal perder fundos comunitários e ter de pagar indemnizações a Espanha, caso o troço TGV entre Poceirão e Caia fosse suspenso. No mesmo dia, os espanhóis decidiram adiar todas as obras ferroviárias em, pelo menos, um ano."

 


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Publicado por rui.freitas às 03:03
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Liberdade... de expressão

O Portal SAPO, colocou hoje à votação a seguinte e pertinente questão:

"Segundo a Comissão de Ética, as condições para o exercício da liberdade de expressão 'têm vindo a ser diminuídas'. Concorda?"

Menos de duas horas depois, era este o resultado da opinião dos leitores:

Sim, totalmente: 940 - (49%)

Em parte: 487 - (26%)

Não, de todo: 475 - (25%)

Palavras para quê?!!!



Publicado por rui.freitas às 02:52
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As provas de "boa-fé"...

Pedro Passos Coelho, presidente do meu Partido, ou é naif ou não tem memória!

Acreditar na "boa-fé" de Sócrates, depois do que ele fez com o MEU PAÍS?

Nota-se a "boa-fé"...

"Sócrates contrata 12 motoristas"

"Governo requisitou ao sector privado condutores para o gabinete do primeiro-ministro. Um deles trabalha numa multinacional de consultadoria."

in CM - 19-05-2010

Dúvidas?

Vamos aos factos:

Despacho n.º 8346/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita à empresa Deloitte & Touche, Lda., António José Oliveira Figueira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8347/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita à Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares Rui Manuel Alves Pereira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8348/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita ao Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços Vítor Manuel Gomes Martins Marques Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8349/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Augusto Lopes de Andrade para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8350/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita à empresa Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A.,Arnaldo de Oliveira Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8351/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o assistente operacional Jorge Martins Morais da Secretaria-Geral do Ministério da Cultura, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8352/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o assistente operacional Jorge Orlando Duarte Vouga do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P., para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8353/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Jorge Henrique dos Santos Teixeira da Cunha para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8354/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa a agente principal da Polícia de Segurança Pública Liliana de Brito para exercer funções de apoio administrativo no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8355/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública José Duarte Barroca Delgado para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8356/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Manuel Benjamim Pereira Martinho para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8357/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Horácio Paulo Pereira Fernandes para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Despacho n.º 8358/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Custódio Brissos Pinto para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro.

Note, Caro Companheiro, que nada me move contra os recém-nomedos (nem os conheço...), mas apenas registo que, quando vigora a "proibição" de contratar novos Funcionários Públicos, quando as Urgências Hospitalares podem entrar em rotura por não poderem contratar médicos e enfermeiros... Para mim, isto não é "boa fé"!

E isto, será "boa-fé"?

 

"Não preciso do PSD, quem precisa é o País"

O "sócretino" "Elogiou e criticou o parceiro de "tango" Pedro Passos Coelho, voltou a colocar o ónus das medidas de austeridade na conjuntura económica internacional e classificou a Comissão de Inquérito ao negócio PT/TVI como "um espectáculo lamentável". Estas foram as linhas gerais da entrevista de ontem do primeiro-ministro à RTP."

in DN - 19-05-2010

Saiba "usted", "Compañero y Presidiente", que "a mi não mi guiusta" ser gozado por "mi própio Primer-Ministro", "quiando" diz que, "para que lo comprendan melhor, va a hablar 'portunhol'"...

FUERA CON ÉL... YA!



Publicado por rui.freitas às 01:55
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Terça-feira, 18 de Maio de 2010
Até tu, Brutus?

Foi este, o primeiro pensamento que me veio à memória, hoje, às 20H15... quando ouvi isto!

"Cavaco promulga casamento de homossexuais" - in Sol

Ele querer, não queria, mas... a crise, os problemas mais graves com que o País se defronta, blá, blá, blá...

Depois, lembrei-me disto... e, sobretudo, disto!

Pronto, não será Sócrates a acabar com os portugueses... Seremos nós mesmos.

Já vou dormir descansado!



Publicado por rui.freitas às 01:17
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Descubra as diferenças...

Ambos disseram qualquer coisa parecida com isto:

"O governo não vai aumentar os impostos" - José Sócrates.

Mentiu...

"Não aceitaremos mais aumentos de impostos" - Pedro Passos Coelho.

Faltou à verdade...

"Continuamos no limite da sustentabilidade dos impostos. Não há mais espaço para continuar" - Pedro Passos Coelho.

Os portugueses em geral, e os Social-Democratas em particular, não entendem, Caro Companheiro e Presidente!

E diz Sócrates:

"Porreiro, pá! Mas são precisos dois, para dançar o tango" (*)

Ou o "Baile da paróquia", respondem os portugueses!

 

 

(*) - Lembro que, originariamente, o tango argentino era dançado por dois homens, sendo considerado "impróprio" para o ser por mulheres!

E o "baile" continua... com milhares de milhões para novas autoestradas, outros tantos para a TTT - Terceira Travessia do Tejo, e mais ainda para o TGV... que ninguém pára!

Aonde iremos nós parar?

 

Leia, aqui, a entrevista de Pedro Passos Coelho ao "Jornal de Notícias". Sem mais comentários!



Publicado por rui.freitas às 00:54
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Segunda-feira, 10 de Maio de 2010
Paulo Lopes, bem-vindo à blogosfera

Dá pelo nome de Social Laranjinha, e há muito que andava para aparecer por aí...

"Nasceu" para divulgar o que se passa pelas bandas da Cruz Quebrada-Dafundo, da Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, da Secção "B" do PSD, da Distrital, Nacional... enfim, do País!

Finalmente, o meu amigo Paulo Lopes decidiu render-se e criar o seu próprio blog. Já era tempo, Paulo!

Dei uma primeira espreitadela... e gostei. Prometo seguir com assiduidade e, obviamente, criar um link junto aos Blogues Aconselhados...

Boa sorte nestas lides. E que Viva o SLB!!!



Publicado por rui.freitas às 01:27
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Sexta-feira, 7 de Maio de 2010
Furtar... não é roubar...!?

Prometo solenemente que, a partir de hoje, abolirei do meu dicionário a frase "pensava eu que mais nada me surpreenderia"!

Como Jornalista (que fui e, em boa verdade, ainda sou), como Cidadão, como Português, sinto-me envergonhado por algo que não cometi... mas li, vi e ouvi!

É minha convicção não ser possível descer mais baixo, ser mais trapaceiro, mais prepotente, mais arrogante, mais ditador e, sobretudo, mais estúpido do que "sua esselência" o sr. deputado socialista açoriano Ricardo Rodrigues.

Em quase trinta anos de profissão, tentei algumas vezes que certos entrevistados "escorregassem" nas "cascas de banana" que lhes colocva no caminho, enquanto entrevistador. Umas vezes, consegui; outras, não. Porquê? Porque ao entrevistado cabe sempre o DIREITO de tornear a pergunta, "mudar de conversa", responder com "meias verdades" ou, simplesmente, NÃO RESPONDER!

Se "sua esselência" se sentiu tão incomodado com as perguntas dos Jornalistas da Revista SÁBADO, ao ponto de dizer (mais tarde e acompanhado pelo seu vassalo líder parlamentar, Francisco Assis) que "a pressão exercida sobre mim constituiu uma violência psicológica insuportável", tinha bom remédio: dizia (como o fez) aos entrevistadores "meus senhores, não respondo a essas perguntas e, se insistirem, a entrevista termina aqui", ou então explicava e clarificava - de uma vez por todas - que os "casos" que há muito circulam por aí eram pura mentira. O que nunca fez, até hoje!

E, assim, perdeu uma oportunidade única!

E que fez "sua esselência"? Isto... Furtou (não roubou!?) os gravadores digitais aos Jornalistas!

 

Tal como se comprova aqui ->

 

Pura infantilidade, birrinha de menino mimado, prepotência de quem tem, por obrigação, de assumir postura condicente com a função e cargo para que foi eleito!

Esqueceu-se, felizmente, que a entrevista estava também a ser registada em vídeo; caso contrário, teria preenchido todos os telejornais com veementes desmentidos (seguindo os bons "exemplos do chefe e apaniguados"), jurando a pés juntos que tal entrevista tivesse sequer existido!

É claro que as reacções surgiram de imediato, como foi - e bem - a posição do  (clicar no logótipo, para ler).

"DEPUTADO DO PS CONFISCA GRAVADORES A JORNALISTAS
O deputado do PS Ricardo Rodrigues apropriou-se de gravadores de jornalistas ao serviço da revista "Sábado", na passada sexta-feira, no decorrer de uma entrevista em que se sentiu posto em causa. O Sindicato dos Jornalistas (SJ) condena o acto do deputado e alerta para a gravidade da situação."

Por isso, o Sindicato dos Jornalistas "considera que Ricardo Rodrigues poderá responder criminalmente por atentado à liberdade de informação por se ter apoderado de gravadores de jornalistas ao serviço da revista "Sábado", pelo que decidiu constituir-se assistente no processo resultante da queixa que aqueles apresentaram contra o deputado".

E tudo por causa "disto"!

Esta abécula, em vez de se demitir ou, no mínimo, pedir desculpa aos portugueses, de ser claramente admoestado pelo seu partido, ainda acaba de ser nomeado para mais um cargo pago por todos nós!

Que mais faltará acontecer neste pobre País? Regresso da PIDE-DGS (com esta ou outra qualquer designação)? Prisão imediata e sumária para todos os Jornalistas que ousem criticar ou questionar os actuais (des)governantes? Detenção de todo e qualquer cidadão que se atreva a criticar ou questionar Sócrates e "sus muchachos"? Pouco falta... Pouco falta! Já estivemos mais longe!

Mas o povinho, agora, só pensa nos convocados por Carlos Queiroz, esquecendo que em breve, ainda este ano, "dirá adeus" não só a uma grossa fatia quando no desemprego, ao subsídio de Natal (para o ano, ao de Férias também...), a algumas deduções hoje existentes em sede de ISR, etc., etc., etc...

Já não tenho vergonha do meu País... Tenho pena!



Publicado por rui.freitas às 01:38
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Papa sem PECado...

Inúmeras vezes, recebo via email as mais diversas expressões da nossa inventiva lusitanidade, seja em verso, em prosa, em simples texto, em PPS, em vídeo... enfim!

Hoje, chegou a minha vez de "fazer história!" Tudo porque, ao sair do trabalho, me deparei pela enésima vez com um cartaz do PCP (creio) zurzindo no PEC.

Vai daí, como bom portuguesinho, associei-o à visita de Bento XVI, e decidi brindar-vos com este pensamento:

Sabem porque é que o Papa decidiu visitar Portugal neste momento crítico?

Não?

Foi para dizer a todos e a cada português o seguinte:

Não PEC... Não PEC... Não PEC...!

 


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Publicado por rui.freitas às 00:41
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Tios e Sobrinhos...

Para aqueles que pensavam que a existência de certos "sobrinhos" era coisa recente, ficam desde já a saber que o "fenómeno" tem mais de 700 anos...

 

"Um cardeal-sobrinho é um cardeal promovido por um Papa que é seu tio, ou, de um modo mais geral, seu parente. A prática de criar cardeais-sobrinhos teve origem na Idade Média, e atingiu o seu apogeu nos séculos XVI e XVII. A partir de meados do Papado de Avinhão (1309–1377) e até à bula papal anti-nepotismo do Papa Inocêncio XII, Romanum decet pontificem (1692), um papa sem um cardeal-sobrinho era a exceção à regra. Todos os papas do Renascimento que nomearam cardeais indicaram um parente para o Colégio Cardinalício, e os sobrinhos eram a escolha mais comum.

A instituição do cardeal-sobrinho evoluiu durante sete séculos, ao sabor do desenrolar da história do Papado e dos estilos próprios dos diversos papas. De 1566 a 1692, um cardeal-sobrinho detinha o ofício curial de ser Superintendente do Estado Eclesiástico, mas este cargo era também conhecido como Cardeal Sobrinho (sem hífen), e assim os termos confundiam-se."

Não acreditam?

Então, confirmem aqui!


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Publicado por rui.freitas às 00:28
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Quinta-feira, 6 de Maio de 2010
Adivinhem...

... Quem é o autor desta análise?

 

"Nós estamos num estado comparável sómente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de carácteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá ... vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par, a Grécia e Portugal".

Quem é? Quem foi?

Não, não foi um analista económico, um banqueiro, um especulador, um político e nem sequer um Jornalista ("raça" que os "xuxialistas" tanto admiram...).

O escrito tem quase de dois séculos ("As Farpas" - 1872) , o autor era poveiro e dava pelo nome de José Maria de Eça de Queirós.

O problema, é que há 138 anos que andamos a "ver-nos gregos" para conseguirmos sobreviver. Quero dizer: só alguns... milhões! Outros, "emprestam" dois mil milhões aos gregos, a juros mais baixos do que aqueles que vamos (sim... vamos) pagar!

 

 

Obrigado, amigo José Reis, pela dica!



Publicado por rui.freitas às 23:41
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Quarta-feira, 5 de Maio de 2010
"Eise-los" de volta...
 (clicar, para ampliar)

 

Ao que não resisti mesmo, foi aos deliciosos comentários a esta publicação no "Oeiras Local".

Será que o Presidente do Partido lê o "Pinhanços dixit...", ou alguém lhe envia estes posts?



Publicado por rui.freitas às 02:04
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Meio caminho andado... já é melhor do que nada

PSD exige suspensão das grandes obras públicas in CM de 04-05-2010

 

Governo reavalia projectos de 29 mil milhões nos transportes (não é bem o que parece... leia) in "I" de 04-05-2010

Agora, andam para aí uns "cérebros" que dizem ter a "varinha mágica" para poupar 2.000.000 só no TGV...

 

Mendonça responde a Cavaco in Económico de 03-05-2010

 

Cavaco empenhado em ultrapassar a crise sem grandes custos in Expresso de 02-05-2010

 

O que nos vale, é que:

 

Inês de Medeiros renuncia à comparticipação de viagens a Paris in DN de 03-05-2010

 

Uffffa, o País está salvo!



Publicado por rui.freitas às 01:49
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Por falar em mentirosos...

 

Rui Pedro tinha e-mail para Lino, pode ler-se no  de 04-05-2010

 

Rui Pedro Soares e Mário Lino apanhados em troca de e-mails, também no  do mesmo dia.

 

Nada como aprender e seguir as pisadas do "chefe"!

Em seguida, lá virão a "campanha negra" e os desmentidos esfarrapados, em que só acredita quem quer... ou gosta!



Publicado por rui.freitas às 01:16
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3 de Maio - Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

Celebrou-se, no passado dia 3 de Maio, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa 2010.

Para registo, reproduzo a Mensagem constante do site do

"O Sindicato dos Jornalistas associa-se, mais uma vez, às comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, proclamado pela UNESCO em 1993, aproveitando a ocasião para chamar a atenção dos jornalistas, dos poderes públicos e dos cidadãos para a importância da informação como bem público.
Uma informação livre, pluralista, de qualidade, eticamente responsável e deontologicamente comprometida é essencial ao exercício pleno da cidadania, nas múltiplas dimensões que encerra o direito dos cidadãos à informação consagrado nas convenções internacionais e nas leis constitucionais e nas leis ordinárias dos estados. É através da imprensa livre que as democracias respiram.
Apesar dos inúmeros progressos da técnica e de avanços significativos na capacidade de recolher, tratar e distribuir informação, de novas possibilidades técnicas e tecnológicas abertas no campo da comunicação social, os resultados não traduzem uma correspondente melhoria em termos de resposta adequada às reais expectativas e necessidades dos cidadãos e ao seu direito a uma informação realmente diversificada e plural.
A aparente diversidade de órgãos de informação nos vários suportes não traduz uma verdadeira diversidade de oferta informativa, de olhares plurais sobre a realidade, de reflexões múltiplas sobre os problemas que atingem as pessoas e as instituições, de leituras cruzadas das dinâmicas sociais, de preservação e valorização das culturas, de promoção da criação humana.
A concentração da propriedade dos meios comunicação social e modelos de organização da produção jornalística assentes na obsessiva redução de custos e a maximização do lucro – com o emagrecimento das redacções, políticas de baixos salários, precarização dos jornalistas e desinvestimento no jornalismo de investigação e na agenda própria – estão na origem dessa preocupante tendência.
Ao assinalar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa em 2010, o Sindicato dos Jornalistas não pode deixar de acentuar que, infelizmente, se mantêm actuais as suas preocupações de anos anteriores.
A concentração da propriedade dos meios de informação mantém níveis excessivos nalguns casos e poderá aumentar ainda mais, ameaçando aumentar o poder de intervenção no espaço público de um reduzido número de grupos económicos, mantendo nas mãos de um clube restrito a capacidade de recolher, tratar e difundir informação.
À concentração da propriedade estão associados problemas que atingem directamente os jornalistas mas que se reflectem na qualidade e na diversidade da informação oferecida aos cidadãos – o agravamento da precariedade, o desemprego, o confisco dos direitos de autor dos jornalistas e o ataque a direitos fundamentais destes profissionais. O poder de decidir quem entra, quem se mantém e quem sai da actividade profissional pertence essencialmente aos principais grupos. A esperança de um lugar no quadro e a insegurança no emprego, face à ameaça de mais e mais profundas reestruturações de empresas, alimentam o medo e condicionam consciências.
É neste contexto que a informação como bem público ganha hoje uma maior importância. Os cidadãos têm o direito de exigir uma informação verdadeiramente livre, plural e de qualidade, mesmo quando oferecida por empresas jornalísticas do sector privado. Mas têm especialmente o direito à existência de serviços públicos – designadamente de rádio e de televisão – que cumpram desinteressadamente esse direito, além do mais livre de condicionamentos de natureza política, económica ou outra.
Numa altura em que, no debate político, se manifestam intenções no sentido da privatização da RTP, e num ano de revisão ordinária da Constituição da República, o Sindicato dos Jornalistas alerta os cidadãos para a necessidade de defesa intransigente de serviços públicos de comunicação social que garantam elevados padrões de qualidade, pluralismo e isenção.

Lisboa, Dia da Liberdade de Imprensa 2010

A Direcção
"

 

Assim, lembrei-me de publicar este email que recebi:

 

"A propósito de um falso desmentido de Sócrates

O director do Expresso responde ao primeiro-ministro, que em entrevista ao "Jornal de Notícias" o acusou de não ter falado verdade aos deputados

 

1. Na comissão de ética do Parlamento, em resposta a uma pergunta do deputado do PS João Serrano sobre se alguma vez o primeiro-ministro me pressionara, respondi sim. Que me pedira para não publicar uma notícia sobre a sua licenciatura na Universidade Independente. No sábado passado, numa entrevista ao "Jornal de Notícias", o primeiro-ministro referiu-se a esse facto nos seguintes termos: "Esse depoimento é falso. Essa conversa não ocorreu como foi descrita. O depoimento diz tudo sobre pessoas que são capazes de dar a sua versão sobre uma conversa privada e que o fazem de forma cobarde, quando não está a outra presente, para o desmentir".

Quero deixar bem claro que fui educado de forma a não mentir. Menos ainda numa Comissão Parlamentar. Fui educado por pessoas que tinham e têm da democracia e da liberdade um alto conceito, algumas delas pagando um preço elevado por isso. Estudei no Colégio Moderno e os valores que me transmitiram foram os mesmos que os da minha família: sou um homem livre e vou continuar a sê-lo.

2. O telefonema que refiro foi na noite de 29 para 30 de Março de 2007 (de quinta para sexta-feira, antes da saída da notícia). Foi feito para mim, depois de um assessor de Sócrates ter também telefonado, com modos mais suaves. O assessor era José Almeida Ribeiro, hoje secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro, mas dessa conversa nada tenho a dizer - foi cordial e correcta, naturalmente expressando o ponto de vista do chefe do Governo.

Seguiu-se o telefonema do primeiro-ministro - e, de facto, foi bem pior do que eu contei na Comissão de Ética: além de me ter pedido para eu não publicar o texto em causa, o telefonema decorreu no meio de berros exaltados por parte do chefe do Governo. Podem pensar que me foi indiferente - não foi. Ninguém fica indiferente quando o dever o obriga a fazer algo que deixa outro ser humano tão exasperado, tão fora de si, tão desagradavelmente mal-educado.

Infelizmente - por uma estrita consciência deontológica e pelo sentido de dever - não tive outra alternativa senão publicar essa notícia, recolhida por duas jornalistas e que estava devida e rigorosamente sustentada.

O primeiro-ministro falou, na mesma noite, com outro membro da direcção do Expresso sobre este assunto e fê-lo também de forma desagradável, pouco cordata, não só não compreendendo o nosso dever e a nossa missão como recusando-se a:

a) Fazer qualquer desmentido ou comentário à notícia que tínhamos;

b) Escrever exactamente o que nos estava a dizer (sem os insultos), de forma a publicarmos o seu ponto de vista;

c) Esclarecer o que quer que fosse sobre o assunto (recordo que só o fez na RTP, muito depois de o caso ter começado).

Quero ainda deixar claro que, nos tempos subsequentes, e até à Comissão Parlamentar de Ética, nunca referi este facto. Fi-lo na Comissão porque um deputado, como se pode ver na gravação disponível na Assembleia da República, me perguntou directamente se tinha sido pressionado por Sócrates. Verifico também - e acho grave - que o primeiro-ministro entende ser um acto de cobardia envolvê-lo numa resposta a um deputado, numa Comissão de Ética. Lamento que o chefe do Governo não tenha percebido que eu não estava num grupo de amigos, nem num debate televisivo, mas na sede da democracia portuguesa onde ao lado da estátua da eloquência - que Sócrates tem em abundância - está a da Justiça - que ele não entende.

3. Mas quanto a cobardia, gostava ainda de acrescentar uma coisa: só uma vez tinha referido esta pressão - foi ao próprio José Sócrates, por carta.

Essa carta veio a propósito de uma acusação que o primeiro-ministro me fez, numa entrevista à "Visão", a 15 de Outubro de 2009. Cito Sócrates: "Vou-lhe contar um episódio com o Expresso. Numa entrevista, em 2005, o director do jornal perguntou-me: 'Então, o pior já passou?'. E eu respondi: 'O pior é sempre o que está para vir...'. Título do Expresso: 'O pior está para vir'. São episódios como este... Não gosto que coloquem as minhas palavras nas mãos de editores que estão ávidos de uma frase bombástica, embora não correspondendo àquilo que eu disse".

Ainda que tudo isto fosse verdade, se este é o melhor exemplo de mau jornalismo que Sócrates tem, dê-se por feliz; eu tenho bem piores. Mas é mentira... O título que saiu (em 4 de Março de 2006 e não 2005, como Sócrates por lapso diz) pode ser consultado em qualquer arquivo e foi "O mais difícil está por fazer". Aliás, toda a entrevista, antes de publicada, foi revista pelo primeiro-ministro, tendo as suas objecções sido tomadas em conta - possibilidade, aliás prevista no nosso Código de Conduta..

Foi por isso que, numa carta que lhe enviei no mesmo dia em que aquela acusação me foi feita - e da qual tenho o protocolo de entrega -, lhe dei conta da confusão que fizera e da injustiça que cometera ao acusar-me de algo que não fiz. Nessa mesma carta, de 15 de Outubro de 2009 - muito antes, repito, de haver qualquer Comissão de Ética ou de inquérito, tinha Sócrates acabado de ganhar as eleições -, escrevi ainda: "Nunca me queixei do facto de me teres pressionado para retirar a notícia da licenciatura". O primeiro-ministro nunca teve a iniciativa, nem a hombridade, de repor a verdade das suas declarações à "Visão", nem a educação de me responder, apesar de nos conhecermos há muitos anos, muito embora não fôssemos amigos chegados (como jornalista acompanhei o PS durante anos, o que justifica o tratamento por tu). Sócrates não pode, pois, queixar-se de cobardia da minha parte. Nem eu lhe devolverei o insulto.

4. Nada disto abala as minhas convicções de homem livre. Sei bem o que José Sócrates pretende: dramatizar, extremar e colocar-me a mim e ao Expresso na linha de fogo dos inimigos do Governo e do PS. Mas, do mesmo modo que o Expresso nunca se colocou contra ou ao lado de governos, sem nunca abdicar do seu direito de crítica (mesmo quando o seu patrão era o primeiro-ministro), assim eu me mantenho no meu caminho, com bons amigos em todos os quadrantes, incluindo no Governo e no PS, alguns meus familiares.

Nem Sócrates é o país, nem Sócrates é o PS. Quem, como eu, já passou por 17 governos e 10 primeiros-ministros, sem qualquer desmentido ao seu trabalho, passará também de cabeça erguida por este.

Artigo publicado na edição do Expresso de 27 de Março de 2010"



Publicado por rui.freitas às 00:52
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