Na Sessão Ordinária da Assembleia de Freguesia de 30 de Dezembro de 2008, afirmei:
"... estamos já no final do mandato; três anos passaram. Tentei apontar aquilo que entendi a esta Junta e Assembleia de Freguesia e, muito do que disse, se perdeu. Portanto, no último ano, terei já pouca vontade de me alongar nos pedidos de explicação que, no fundo, são apenas pequenas chamadas de atenção, e fa-lo-ei caso a caso..." (Acta n.º 8/2008).
De facto, ao longo de três longos e difíceis anos, eu e a Bancada do PSD na AF de Paço de Arcos, tentámos dar o nosso melhor na resolução dos problemas da Freguesia e dos Fregueses, de forma raras vezes entendida e, sobretudo, compreendida, pois cada questão apontada, cada pedido de explicação, cada anomalia, irregularidade e ilegalidade apontada (e foram muitas), era considerada um ataque pessoal, um revanchismo, uma birra de quem não havia ganho as eleições de 2005. Puro engano!
Forças políticas que, em princípio, deviam subscrever e apoiar os nossos pedidos de esclarecimento, alinhavam (alinharam sempre) pela bitola de quem, despudoradamente, pretendia "tapar o sol com a peneira". E isso foi uma constante.
Por isso, achei imensa piada que, na Sessão Ordinária do passado dia 28 de Abril, tivesse causado estranheza que a minha intervenção se tivesse cingido ao essencial em tão só quatro questões colocadas; três ao Executivo e uma ao presidente da Mesa.
Em boa verdade, numa Sessão "desfalcada", em que o PSD contou com dois elementos (por motivo de doença de outros dois), em que o IOMAF contou com três dos cinco eleitos, em que o BE voltou a não comparecer nem a fazer-se substituir (pelas minhas contas, já perdeu o mandato) e em que o PS e a CDU se apresentaram completos (dois e um elementos, respectivamente), apenas três membros da AF tiveram intervenções: eu próprio, o representante da CDU e o presidente (PS) da Assembleia de Freguesia. "Empurrado" por mim, façam-me essa justiça.
Explico!
No PAOD (Período de Antes da Ordem do Dia), apenas duas intervenções, já no limite do tempo de inscrição... para quase "desespero" do presidente da Assembleia: a do representante da CDU e a minha.
As questões por mim colocadas, foram, como disse, quatro: "porque haviam estado encerrados os jardins do palácio dos Arcos?"; "que iniciativas promovera a Junta de Freguesia por ocasião dos 35 anos do 25 de Abril?" (recordei os ataques que sofri, quando em 1999, eu e a equipa que me acompanhava decidimos passar a celebrar a data apenas de cinco em cinco anos); se "o passeio à Quinta da Regaleira (Sintra), a 17 de Abril, havia sido iniciativa do Executivo ou de uma parceria com associação da nossa Freguesia?"; e, finalmente, "porque razão o presidente da Mesa da Assembleia, que é, simultaneamente, presidente da Direcção da Cooperativa de Habitação Económica Nova Morada, nunca informara a Assembleia ou questionara o Executivo da Junta, sobre a desactivação - em 2007 - do Parque Infantil ali situado e por mim mandado recuperar totalmente em 2003?"
As provas estão aqui:
Que contraste, com 2003...
Fiquei assim a saber que, a desactivação do Parque Infantil da NM fora "ordenado" pela sra. Vereadora Madalena Castro... sem qualquer explicação e que, após contactos do presidente da Direcção da Cooperativa, ficara a promessa de que em breve (?) seria feito um estudo para a sua reactivação... Até hoje!
Quanto aos jardins do palácio, haviam sido encerrados, porque uma "árvore de grande porte ameaçava queda, tendo sido reabertos no dia 15 de Abril"; que o "passeio à Quinta da Regaleira, fora realizado em parceria com a GRECAAM - Grupo Recreatvo E Cultural dos Amigos do Alto do Mocho" (coisa que eu já sabia, claro...) e que - pasmem... - "as cerimónias do 35.º aniversário do 25 de Abril se haviam cingido ao hastear das bandeiras às 09H00, ao «Pintar Abril» e ao «Mercado da Primavera» (anunciado onde e quando?), pois os srs. presidentes da Câmara e Assembleia Municipal tinham solicitado a todos os presidentes de Junta se associassem às cerimónias camarárias, dado que o Concelho comemora os seus 250 anos de existência".
Ao que nos foi dado "entender", TODO O EXECUTIVO da Junta (cinco pessoas de "diferentes" partidos), entregaram-se "de alma e coração" às actividades promovidas pela CMO, com o "presidente" da Junta a desdobrar-se entre Oeiras e Paço de Arcos... Que canseira!
O resto da Assembleia, pouca "história" teve, excepção feita à derradeira e agastada intervenção do presidente da Assembleia que, na qualidade de presidente da Direcção da Nova Morada (até que enfim), questionou o "presidente" da Junta acerca da situação sui-generis do terreno contíguo ao Polidesportivo daquela cooperativa, agora "ocupado" por uma obra considerada ilegal... Ao que parece, a Câmara "vendeu" a uma entidade privada um terreno que pertence à CHE Nova Morada!
Os "enganos" acontecem, não é...?
Ah! Dizer-vos ainda que me abstive na votação da Conta de Gerência referente ao exercício de 2008. Só que a Lei 5-A/2002 apenas prevê a "aprovação" ou "rejeição" da mesma.
Fi-lo propositadamente, mas acham que alguém se importou ou me chamou à atenção?
Para quê, se tudo anda "em roda livre" neste mandato?
Faltam só duas Assembleias até às próximas eleições Autárquicas (Junho e Setembro) e, porque causou muita "confusão" a minha quase nula intervenção, logo decidirei se volto a questionar seja o que for ou se me mantenho "calmo e sereno" até ao final...
Valerá a pena intervir? Logo verei!
Paço de Arcos
Junta de Freguesia de Paço de Arcos
Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos
Blogs aconselhados
Solidariedade
Comunicação Social
Os meus Amigos
Os meus hobbies