Terça-feira, 1 de Dezembro de 2009
"Novos tempos, novos desafios, novas ideias"
35.º Aniversário
Amanhã (quarta-feira), pelas 21h00 no Hotel Tivoli, em Lisboa, terá lugar o 1º Encontro do Ciclo de Encontros do Instituto Francisco Sá Carneiro, “PSD 35 Anos: Novos Tempos, Novos Desafios, Novas Ideias”.
Estes encontros têm como objectivo contribuir para uma reflexão sobre os desafios futuros do Partido.
Serão oradores: Francisco Pinto Balsemão, José Manuel Fernandes e Miguel Morgado
Cada Orador fará uma intervenção de 20 minutos, seguida de debate, com perguntas colocadas pela assistência, com a duração de 30 a 45 minutos.
As sessões serão abertas ao público em geral e à Comunicação Social sendo transmitidas em directo no site do Instituto
www.institutosacarneiro.pt.
De
Luis Melo a 3 de Dezembro de 2009 às 10:15
Fui esta noite, com muita expectativa, para a 1ª das conferências organizadas pelo Instituto Francisco Sá Carneiro, subordinadas ao tema “Novos Tempos, Novos Desafios, Novas Ideias” que servirão para pensar o futuro do PSD e de Portugal. Os oradores eram Francisco Pinto Balsemão, José Manuel Fernandes e Miguel Morgado.
Balsemão esteve muito bem na sua intervenção. Lembrou a natureza do PSD. Apesar de ser o mais velho, foi o que mais ideias lançou no sentido de pensar um futuro melhor. Propôs medidas para a justiça e educação, falou de reformas nas mais variadas áreas de governação, e até deu a sua opinião sobre temas tão actuais como o ambiente ou as novas tecnologias. Terminou lembrando que, tal como Sá Carneiro, os reponsáveis políticos do PSD devem ser diferentes (“mais do mesmo, ainda que melhor executado, não nos leva a lado nenhum”) e devem reger-se por valores (“só se serve bem o PSD, se se servir bem Portugal”).
JM Fernandes e M Morgado foram, para mim, uma desilusão. O que disseram foi um lugar-comum. Falaram das lutas internas nos partidos, da dependência das pessoas do Estado, da demasiada intervenção deste na sociedade, dos boys que se apoderam do aparelho de Estado, da descentralização de poderes. Enfim, nada que não saibamos já todos. Disseram que se devia romper com este passado e mudar a maneira de organização, os programas, etc. Ou seja, contributo para o debate? nenhum. Para piorar, Morgado disse que o PSD devia definitivamente virar à direita pois era essa a sua identidade, igual à do CDS.
Ora, esta gente (supostamente) intelectualmente superior, vem dizer que devemos fugir para a frente (ou para a direita) e romper com o passado. Pois eu não concordo. Dizer que é necessário mudar programas e adaptá-los aos novos tempos não é novidade nenhuma. Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso percebe que isso é necessário, já que vivemos num mundo diferente, globalizado.
É certo que devemos ter novos desafios e novas ideias, mas precisamos de nos agarrar aos antigos valores e aos velhos principios. A ética, a moral, a transparência, a verdade, a coragem, a dignidade, a responsabilidade. O sentido de missão, o respeito pelos cargos públicos e pelas instituições.
Também aproveito para deixar uma opinião quanto à organização destas conferências. Ser o melhor aluno do curso, tornar-se prof ou ser convidado para leccionar noutro país, prova apenas que se é bom na teoria. E nem o estilo despistado e despenteado (do tipo génio), a utilização de palavras caras ou a citação permanente de pensadores faz de alguém um ser intelectualmente superior, com resposta para tudo, ou dono da razão.
As soluções que o IFSC procura para Portugal são de ordem prática, e para isso precisa de convidados com provas dadas desse ponto de vista. Gente que estudou, que investigou, mas que também criou, trabalhou, geriu e fez crescer com sucesso. Pessoas com a visão, a capacidade, a reputação e o sucesso de José António Salcedo ou Rogério Carapuça.
Se além disto, o IFSC quer também discutir soluções para o partido, não ponha a falar sobre esse tema, pessoas que não conhecem a estrutura. Que não estão interessados em saber como se organiza o PSD. Para esses, o partido são os Passos-Coelhistas, os Ferreiristas, os Cavaquistas, os Marcelistas… Mas o partido não é isso, é a C.P. Núcleo ou a C.P. Concelhia, são as bases!! Mas que interessa isso aos media? nada!! O Zé presidente do núcleo ou o Manel presidente da concelhia não vendem jornais. Que sabem então estes jornalistas/comentadores sobre o partido? Não quero esta gente a “pensar” o meu PSD
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