É verdade que a minha opinião vale o que vale mas, perante o exagerado optimismo que está a gerar a prometida "ajuda" da China a Portugal, só posso manifestar a minha crescente preocupação. E nem preciso basear-me naquilo que Alain Peyrefitte (antigo embaixador de França naquele país) ousou transmitir com o seu famoso livro "Quando a China despertar... o mundo tremerá"; a realidade está aí e só não vê quem é (ou faz de conta que é) ceguinho! A China, de facto, já despertou, só que ainda não totalmente.

Começarei por vos mostrar - tal como me comprometi - alguns dos "brinquedos" do sr. Hu Jintao, que já chegam para preocupar seriamente as chamadas grandes potências, tal o grau de sofisticação, tecnologia e, sobretudo,  quantidade.

O actual poderio militar chinês é tal que já põe "em sentido" todas as até agora consideradas potências, incluindo EUA e Rússia.

Mas o "acordar do dragão" não se fica por aqui.

Paulatinamente, a China manteve (e mantém) uma base salarial baixíssima, impondo deveres sem direitos (e já não falo nos massacres no Tibete), iludindo desta forma muitíssimas multinacionais. Como? Usando e abusando desses salários de miséria (era o que tinham...) por forma a atrair o "know-how", a tecnologia dessas multinacionais que para ali se transferiram. Agora, de modo crescente e preocupante, a China detém o saber e o poder fazer barato... As grandes potências de mercado "cedem" as marcas e a China a produção, levando ao encerramento, à falência, milhares e milhares de fábricas no Ocidente. Não está longe o tempo em que quase tudo terá o já habitual rótulo "Made in China". A partir daí, acabam-se os "almoços grátis" (que só existiam em aparência) e a China ditará a lei no Mundo, já que recuperar e reactivar as fábricas e empresas falidas será impensável e incomportável...

Atentemos, então, nestes outros "brinquedos" chineses.

 



Nesta "economia emergente" e de sucesso (pudera!), como é actualmente rotulada a China, até há bem pouco tempo (segundo informações recolhidas em sites de Direitos Humanos na Internet), eram executadas diariamente vinte e duas pessoas...

A "moda" parece ter sido abandonada pós Jogos Olímpicos e a Polícia até realiza acções esporádicas a fábricas que "exploram" concidadãos, de modo a tranquilizar certas "consciências".

É por isso que digo que a China ainda não "acordou" totalmente... mas a semente está a germinar depressa e Portugal já se "rendeu" ao "gigantesco dragão"...

 (clicar na imagem)

... A troco de quê?

Para já, a troco de ficarmos caladinhos, quando em qualquer fórum mundial a China for "chamada à pedra" pelo habitual desrespeito para com os Direitos Humanos.

Duvidam? Leiam o quarto parágrafo do artigo intitulado "Em crise, é difícil aos estados não congelarem os princípios", publicado dia 11 no Jornal Público.

Quando "despertará" o Ocidente? Talvez, tarde demais...!