Para que não persistam dúvidas, começo por garantir-vos que tenho enorme consideração por António Capucho, quer como pessoa, quer como presidente da Câmara Municipal de Cascais, quer ainda como ex-secretário-geral do PSD.
Por isso, entendo que ele está no seu pleno direito de emitir livre opinião acerca da vida partidária e/ou das opções tomadas pelo Partido no qual militamos.
Todavia, em mais um dos momentos em que o Partido Social Democrata deve cerrar fileiras contra o verdadeiro adversário - o PS e o seu "socrático" secretário-geral -, julgo não ter António Capucho encontrado a melhor forma para dizer de sua justiça, acerca do convite/aceitação de Fernando Nobre para cabeça de lista por Lisboa, na carta/email que enviou ao Presidente e Vice-Presidentes do PSD-Cascais, ao Presidente da Câmara e aos Vereadores do PSD.
As suas dúvidas quanto ao eventual desempenho de Nobre como presidente da AR, mesmo que o não pretendam atingir pessoalmente, deviam ter sido comunicadas unicamente ao presidente do Partido e/ou aos órgãos nacionais (de que Capucho até faz parte), mas definitivamente nunca a um tão vasto leque de pessoas, sabendo ou devendo saber que depressa chegariam à Comunicação Social.
Sempre defendi e defendo que "a roupa suja - quando e se houver - lava-se em casa e não na praça pública"!
Foi pena que assim não tivesse procedido!
Desencorajo desde já, aqueles que venham a comentar que o não pratico neste blog, pois que aqui me limito a desmascarar a aliança contra-natura representada por aqueles a quem apelido de "laranja/verde-alface" e não aos verdadeiros PSD's!
De Leite Pereira a 24 de Abril de 2011 às 10:44
BARÃO versus PAVÃO
Conheci o António Capucho em 1974 e tinha por ele grande consideração política e pessoal que desapareceu nos idos de 2005 como Presidente da Câmara de Cascais por tomadas de posição que me desgostaram e, que agora não vêm para o caso em apreço.
Fiquei espantado com a carta “confidencial” que foi publicada no Sol e que o referido cavalheiro resolveu, em má hora, escrever ao Presidente e Vice-presidente do PSD de Cascais e ao Presidente da Câmara e aos Vereadores.
Estava eu convencido, pois ainda sou da velha guarda, que um telefonema particular não se divulga publicamente. Enganei-me redondamente.
Porque motivo este senhor resolveu publicar a referida carta e não discutiu o assunto nos lugares próprios?
A referida carta é completamente ridícula. Entende que dado o seu notável curriculum, que tem o desplante de enumerar, não poderia desempenhar o cargo de vice-presidente da AR atrás do Dr. Nobre. Onde está a humildade democrática? É militante para servir o Partido ou para se servir dele.
Reconhece que o Dr. Fernando Nobre tem “qualidades pessoais” e, “sem prejuízo da minha amizade pessoal e até de lhe ser devedor de várias atenções…” entende que não pode ser o seu número dois na AR.
Lendo a carta e vendo o que ele diz do Dr. Fernando Nobre vale a pena citar o provérbio que diz que livre-me Deus dos meus amigos que dos meus inimigos trato eu.
Não conheço o Dr. Fernando Nobre de lado nenhum mas tenho-o como pessoa séria pelo que acredito que não tenha colocado condições para aceitar ser o número um por Lisboa.
Por último este senhor demitiu-se da Câmara de Cascais por motivos de doença. Foi o que li. Deduzo assim que para fazer a cura o cargo de Presidente da AR serve, como se a AR fosse uma espécie de instância termal. Haja juízo.
Estou à vontade pois neste mesmo blogue declarei publicamente que o meu candidato era o Dr. Aguiar Branco. Reconheço, no entanto, que com alguns deslizes o Dr. Pedro Passos Coelho tem vindo a desempenhar correctamente o seu cargo. Basta atentar nas listas para deputados e verificar que aparecem caras novas.
Finalmente o Dr. Paulo Rangel também deveria ter algum recato. Primeiro porque perdeu as eleições para Presidente do Partido pelo que lhe fica mal fazer comentários do modo como os faz e em segundo lugar pertencendo aos órgãos nacionais do Partido é aí que deve manifestar as suas discordâncias. Infelizmente há quem goste de se mostrar para na altura própria aparecer como o grande defensor do Partido e dizer “eu bem dizia mas não me ouviram”. Vamos cerrar fileiras, esquecer as vergonhosas sondagens, sem qualquer critério científico como se tem verificado e tratar de correr o Sócrates definitivamente.
Militante n.º 463
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