Uns (cerca de 16.000), porque não se dignaram sair de casa para exercerem o direito e o dever de voto, na recente eleição para os novos dirigentes da Distrital de Lisboa do Partido Social Democrata; outros, porque os "meios" que lhes são colocados à disposição, permitem-lhes manipularem, perpetuarem-se e multiplicarem-se, sempre bem perto de quem tem o poder que ambicionam um dia também virem a deter.
Vem iso a propósito de três razões pertinentes e que tentarei explicar:
1.º - Porque já dei uma vista de olhos em certos comentários colocados no meu post de 19 de Novembro e há quem "estranhe" o meu "silêncio";
2.º - Porque nesse mesmo post, alertava já para possibilidade (e as razões) da elevada abstenção que se veio a verificar;
3.º - Porque vos quero dar conta do que escreveu outro amigo e Companheiro, Rui Ribeiro, sobre a eleição em Cascais.
Vamos, então, por partes:
Como é meu dever e direito, fui votar no passado sábado e, como aqui afirmei desde a primeira hora, Votei Lista B, encabeçada pelo bom Amigo e Companheiro Jorge Paulo Roque da Cunha, o que não foi nem é surpresa para ninguém!
Aquilo que foi "entendido" como "silêncio", deveu-se, única e simplesmente, ao facto de não querer repisar um tema, uma "novela", da qual já antecipara o resultado final. Mas, afinal, foram esses mesmos resultados que me levaram a decidir-me por escrever.
A prová-lo, relembro a "escandalosa" percentagem de abstenções: 64% no conjunto do Distrito e 75% no Concelho de Oeiras!
Depois, porque até consigo perceber as razões do afastamento de muitos dos 16.000 "não votantes": cansaço de remarem contra a maré, cansaço de assistirem ao continuado assalto ao poder que dá tacho, cansaço de sentirem que, "de cima", vem apenas a apatia e o deixa andar.
Como já escreveu outro Amigo e Companheiro - José Luís Tavares: "Alguém deveria reflectir sobre isto !!!"
Finalmente, porque também não resisto a remeter-vos para o já referido post de Rui Ribeiro, intitulado "Já experimentaram remar contra a maré?" e publicado no seu blog "Pensar Mais Cascais", Concelho onde a disparidade de votos para delegados à AML do PSD, foi a seguinte: Lista B = 105 votos; Lista A = 269 votos. Em Oeiras, para os órgãos da Distrital, o resultado foi: Lista B = 184 votos; Lista A = 300 votos.
Para que conste, fui convidado a integrar a "lista única" de Oeiras à AML, "honraria" que recusei sem qualquer dúvida, por razões de Verticalidade. Sabem o que isso é?
De
Diogo a 22 de Novembro de 2011 às 19:15
De rui.freitas a 21 de Novembro de 2011 às 02:08
«Caro Zé do Telhado, há que "respeitar" estes "imigrantes" e "inseri-los" na sociedade portuguesa. Temos de ter paciência! Coisa que, nestes casos de flagrante estupidez, confesso que me vai faltando.
Disse e repeti aquilo que, para todos, é óbvio: os banqueiros e especuladores não dão nada a ninguém; não há almoços grátis. Mas o "imigrante" Diogo não consegue desfazer-se das "palas" e só distingue um "culpado"; precisamente aquele(s) que só lá estão há cinco meses a esforçar-se por "tapar o buraco" deixado por Sócrates e "camarilha".
Desisto...»
Não, caro Rui Freitas. O “imigrante” Diogo sabe distinguir entre os culpados primários e secundários.
Os Bancos, devido ao seu poder de criar dinheiro (talvez isto seja uma novidade para si – mesmo sendo uma pessoa tão inteligente e com tanto conhecimento de finança…), dominam naturalmente os partidos políticos, os meios de comunicação.
Acontece que, a Banca gosta de transformar esse dinheiro virtual em bens tangíveis. Para tal, utiliza os seus políticos (PS-PSD-CDS) e os seus jornalistas a soldo para endividar um país a juros usurários – o tal buraco deixado por Sócrates e "camarilha" - e, depois, obrigar o país a pagar a «dívida» - a “tapar o buraco” - com juros agiotas por Coelho e "camarilha".
Não acredito que um homem sem palas, como o meu amigo, ainda não se tenha apercebido de tal coisa…
Um abraço
Caro Diogo (22 de Novembro de 2011 - 19:15), agradeço-lhe o benefício da dúvida mas, como já reafirmei, economia e fincnças não são, de todo, o meu forte. Só que isso não me impede de ter uma cultura geral minimamente capaz de perceber tudo o que aqui tem escrito.
A minha dificuldade - repito -, é fazer-me entender por si, já que, apesar de, não ter "palas" (agradeço também que o tenha reconhecido), não posso, em bom rigor, assacar culpas a um governo que está em funções há cinco meses.
Ó Diogo, faça-me um favor: não repise mais a teoria da Banca e dos banqueiros, pois você sabe (porque acredito que tampouco use "palas") que esse "mal" não é de hoje nem de ontem e muito menos exclusivo de Portugal; pelo que vimos sabendo, nem mesmo da Grécia, da Isalândia, da Irlanda e até já ameaça alastrar a Espanha, Itália e Áustria. Parará, quando chegar "às barbas" da França e Alemanha? Se calhar, nem aí...
Agora, porque sou português e é o futuro do meus País que me interessa, alguém gastou, surripiou, desbaratou, distribuiu, doou, deu... isso é inegável. Quem paga? Os mesmos de sempre!
De
Diogo a 23 de Novembro de 2011 às 16:45
Caro Rui Freitas,
Nunca pus em causa a sua sólida cultura geral, mas, como você próprio reconhece, a economia e as finanças não são, de todo, o seu forte. Facto que, com pena minha, o tem impedido de apreender por completo tudo o que tenho aqui escrito. Peço-lhe que não fique melindrado por isso.
O facto de saber que o efeito pernicioso da Banca e dos banqueiros não é de hoje, nem de ontem, e acontece em Portugal, na Europa e no Mundo, não lhe retira a carga nefasta.
No fundo, e no caso português, a questão é basilar: os Bancos colocaram ao leme do nosso país um leque de governantes que o endividou totalmente em obras inúteis a juros agiotas, e agora, os mesmos Bancos, colocaram ao leme do nosso país um outro leque de governantes que tudo fará para obrigar os portugueses a pagar a agiotagem desses Bancos, roubando ao país (privatizando ao preço da uva mijona) as suas jóias da coroa e empobrecendo a população.
O seu problema, caro Freitas, é imaginar que uns governantes são “maus” e outros são “bons”, quando, afinal, não passam de dois braços de um mesmo polvo.
Abraço
Caro Diogo (23 de Novembro de 2011 - 16:45), "naif", sim, mas não tanto.
De uma coisa pode estar certo e dessa opinião não abdico; se há governantes menos maus, os actuais estão nesse lote. No mais, quando "pegar em armas"... não me chame. Pode ser?
É que eu sou dos que acreditam que todos os dias e com toda a gente aprendemos alguma coisa, mas repor o mal feito durante anos e anos em cinco meses (quase sei), só com uma "varinha mágica"!
De
Diogo a 23 de Novembro de 2011 às 21:12
Rui Freitas: «mas repor o mal feito durante anos e anos em cinco meses (quase sei), só com uma "varinha mágica"!»
Você queria provavelmente dizer: «mas anular o mal feito durante anos e anos em cinco meses (quase sei), só com uma "varinha mágica"!»
Mas voltando à vaca fria: os «governantes maus» (os do PS) e os governantes «menos maus» (os do PSD, que você tanto admira), jogam todos na mesma equipa e obedecem às mesmas ordens – cujo objectivo é saquear o país.
Rui Freitas: «No mais, quando "pegar em armas"... não me chame. Pode ser?»
Nem que seja para um tirinho nos «governantes maus» (os do PS)?
Caro Diogo (23 de Novembro de 2011 - 21:12), nem a esses. Sou da geração anterior à da "Paz e Amor", "Power Flower", que o FBI, a CIA, a Mossad e outras "agências" destruiram. Lá me conseguiu levar para a teoria da conspiração... Está a ver?
Falando sério: adoro armas, admiro e milito no PSD ("vivi" ano e meio no PCP e sei o que valem...), sei que não há governantes "bons" ou "maus" (há quem governe bem e quem desgoverne bem também), mas há muito que "não vou em cantigas" nem em "cantos de sereias". A vida é dura, para alguns, os que SERVEM, e fácil para os que SE SERVEM.
Eu pertenço aos primeiros, graças a Deus!
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