No passado dia 16 de Abril, recebi do amigo Fernando Lopes, uma oportuna chamada de atenção para algumas fotografias que ele publicara no blog "Vale da Terrugem", as quais consubstanciam um verdadeiro atentado ao património de Paço de Arcos. Podem visualizá-las, clicando no link acima.
Podem ainda consultar os post que publiquei a 17 e 24 de Dezembro de 2011, com os títulos "Palácio dos Arcos... os meus receios eram fundados" e "Palácio dos Arcos".
Vem isto a propósito duma longa troca de ideias que, há pouco, decorreu na página "Malta de Paço de Arcos", no Facebook, o que acabou por "apressar" a publicação do presente post, que apenas aguardava me fossem confirmadas certas informações que solicitei a alguns "passarinhos".
Já durante o período 2005/2009, na Assembleia de Freguesia de Paço de Arcos (e mesmo antes e depois disso), defendi que, sendo obviamente financeiramente impossível à Edilidade acorrer à recuperação de todo o património degradado ou em vias disso no Concelho, e que, em vez de deixar cair, é bem melhor permitir que agentes privados dele tirem benefício, sem o deturparem.
O Palácio dos Arcos, ex-libris da Freguesia, é disso exemplo mas, infelizmente, transformou-se num péssimo exemplo. É que, para além do estado em que estão a deixar parte dos jardins, dos poços e minas ali existentes, parece que centenárias árvores estão igualmente a ser, pura e simplesmente, derrubadas, num verdadeiro atentado ao Património monumental, arquitectónico e histórico de Paço de Arcos.
Volto a recordar o mandato 2005/2009 e repito a questão que então coloquei: como é possível permitir ao grupo hoteleiro "Vila Galé" tamanha volumetria de construção (73 quartos hoteleiros) e acreditar que nada seria "estragado"? Ou acreditar que parte dos jardins poderiam continuar a ser usufruidos pelos visitantes? Há até quem garanta que a Cafetaria e o Restaurante estarão à disposição... Claro que sim; era o que mais faltava, mas com que preços?
Lamentavelmente, só há cerca de três horas tive conhecimento da realização duma sessão ordinária da Assembleia de Freguesia a realizar pelas 20H30 do dia 30 de Abril, dado que o Ponto Quatro se destinava precisamente à "Apresentação do projecto referente à construção do Hotel no Palácio dos Arcos"...
De CXC a 11 de Maio de 2012 às 21:46
Se fosse a Zambujo a fazer isso aposto que estava tudo bem.
Caro CXC (11 de Maio de 2012 - 21:46), este, é o género de comentário que apenas me faz sorrir, dada a pobreza de espírito e total desconhecimento com que é feito. Percebe-se que você "caiu" agora neste blog, pois se o tivesse acompanhado desde os primeiros tempos, saberia o que previa Teresa Zambujo para o Palácio dos Arcos e até o protocolo que foi assinado com a Fundação Paço d'Arcos, no ano de 2008.
Mas prova também que não me conhece, pois se assim não fosse, saberia que, se a Edil recentemente homenageada tivesse permitido uma intervenção tão destrutiva como a que está a decorrer. certamente que a minha crítica iria direitinha para ela.
Por isso, não tente tapar o Sol com a peneira e, ao menos, comente com cabeça, tronco e membros.
De CVC a 12 de Maio de 2012 às 20:44
Não foi na administração dessa senhora que se perderam os fundos comunitários do PROQUAL porque as obras não foram concluídas a tempo? Não duvido da honestidade da Dr. Teresa Zambujo mas como autarca a sua prestação foi muito fraca.
Caro/a CVC (12 de Maio de 2012 - 20:44), ou "XPTO", ou o que quiser... Por não ter sido contratado como advogado de defesa de Teresa Zambujo, e depois de teer recordado aos "esquecidos" algumas das acções por ela promovidas, pouco mais me interessa adiantar, mas não resisto a responder-lhe com umas perguntitas: não foi Teresa Zambujo escolhida por Isaltino Morais para sua "vice"? Então, era competente! Não foi Isaltino Morais que, em 2005, lhe atribuiu todas as culpas e mais algumas pelo atraso de obras como o prolongamento do SATUO e 2.ª fase do Parque dos Poetas? Não foi Isaltino Morais que se comprometeu a avançar de imediato com tais obras (com recurso a cartazes já aqui reproduzidos)... e só em 2012 inaugurará a derradeira fase do Parque dos Poetas, tendo esquecido totalmente que o SATUO continua com terminal no Oeiras Parque?
Chega ou quer mais?
Votos de bom fim de semana!
De CVC a 13 de Maio de 2012 às 16:38
Acho que é claro que o Isaltino cometeu um erro ao escolher a Teresa Zambujo para sua vice. Ele próprio sabe disso.
Quanto às outras obras, as obras só podem ser feitas se houver dinheiro. O Isaltino até pode prometer construir um aeroporto no meio do Tejo. Sem dinheiro não há hipótese de as construir. Esta é que é a realidade. Se o Isaltino tivesse dinheiro para fazer o SATU provavelmente já tinha andando com a obra.
Caro/a CVC (13 de Maio de 2012 - 16:38), diz o nosso sábio povo que, "o pior cego é aquele que não quer ver", como é o seu caso.
Na sua inabalável ânsia de defender o indefensável, você apenas me deu razão redobrada. Porquê? Porque, de facto, sem ovos não é possível fazerem-se omeletes. Ora, o mesmo aconteceu a Teresa Zambujo, ao deparar-se com a depauperada situação financeira da CMO e, como pessoa sensata, suspendeu algumas delas, como foram os casos do Parque dos Poetas (2), SATUO e novo edifício dos Paços do Concelho, que custou balúrdios e só foi feito por teimosia (ou outra razão menos clara...).
Ora, Isaltino sabia bem qual era essa situação, não devendo por isso ter prometido fazer aquilo que sabia não conseguir. Se não sabia, foi leviano; se sabia, mais leviano foi.
Curiosamente, José Sócrates procedeu de igual forma, em relação ao País... a fuga para a frente, sorriso nos lábios, distribuindo benesses pelos amigos em forma de obras faraónicas. Depois, depois foi o que sabemos: batemos no fundo e pouco faltou para "pedirmos a insolvência" de Portugal falido!
Compare, ponha a mãozinha na consciência, tire as palas dos olhos e... pense pela sua cabeça.
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