Terça-feira, 11 de Junho de 2013
Temos candidato à Junta de Oeiras, Paço de Arcos e Caxias?

Nas próximas eleições Autárquicas, embora muitos eleitores ainda o desconheçam, o Município de Oeiras passará das actuais 10 freguesias para apenas cinco. Uma delas - a única que me interessa - presumo que terá a designação de União das Freguesias de Oeiras, Paço de Arcos e Caxias.

Mais do que uma freguesia, será - pode dizer-se assim - uma mega-freguesia ou, se preferirem, um mini-município. Aliás, existem pelo país concelhos que não chegam a congregar tantos eleitores como a junção destas três autarquias, pelo que a responsabilidade, a entrega, o conhecimento, o trabalho e o querer Servir terão de ser equivalentes à grandeza da nova "união".

Pouco ou quase nada se sabe acerca de eventuais candidatos pelos partidos que habitualmente concorrem em Oeiras (PSD, PS, IOMAF (ou AOMAF... ou PVMAF, não sei?), CDS-PP, PCP/CDU e BE. "Segredo dos deuses", parece...

 

Bom, mas antes de continuar, devo esclarecer o meu amigo Zé que, acima de tudo, quero e espero que vença o candidato indicado pelo Partido Social Democrata. Isto porque, contrariamente ao que ele pensa da minha forma de estar na política, não sou um "extremista e faccioso"! Limito-me - e disso não abdico - a ser justo nas minhas apreciações: aplaudo o que entendo estar bem e critico aquilo de que discordo; não sou "atento e venerando".

 

Vamos, então, à candidatura à mega-freguesia.

Segundo é público no Facebook, pode ler-se que já temos candidato. Era o próprio quem o garantia, em 5 de Junho passado:

"Olá Facebook reencontrei-te. A todos os amigos que conseguem ver o que escrevo. Iniciei hoje um novo capítulo da minha vida. Aceitei o convite do meu amigo Francisco Moita Flores, para cabeça de lista à Junta de Freguesia de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço D'Arcos e Caxias. Um novo capítulo se irá desenrolar. Nunca tive ambições - excepto descobrir o Brasil (tem umas telenovelas patuscas e umas morenas de antologia) mas o artolas do Álvares Cabral chegou primeiro. Paciência, Continuo a navegar."

Joia Silva, eng. Agrónomo, presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Oeiras e técnico superior no Ministério da Saúde.

 

Em resumo, pode não se gostar da brejeirice do anúncio (eu, pelo menos, não gosto) e pode até criticar-se o facto do candidato desconhecer que ESTA freguesia não é Paço D'Arcos mas sim Paço de Arcos; o que já não consigo admitir, ou sequer perceber, é que alguém - o próprio Francisco Moita Flores ou responsável(eis) da Concelhia de Oeiras do PSD - escolha uma pessoa que não esconde ser tão "próxima" do IOMAF.

Que esteja presente no evento Semana da Protecção Civil em Oeiras ou receba o candidato IOMAF no seu gabinete da Associação, é perfeitamente natural, dado o fazer em representação dos BVO; muito estranho, é ter estado por diversas vezes na campanha IOMAF, como o provam várias fotografias que estiveram publicamente visíveis no extinto site IOMAF. Inaceitável, é estar presente na apresentação do actual presidente em exercício da CMO, quando do anúncio da sua candidatura - in SIC Notícias - 2-10-2012

Mesmo que possam ser amigos de longa data, há ocasiões em que o bom-senso deve imperar.

Atentem e revejam cuidadosamente o minuto 2:02 da entrevista/reportagem referida acima...

Caro dr. Moita Flores, ainda vai a tempo de "emendar a mão" e dizer-me, dizer aos militantes PSD, dizer aos oeirenses que o que aqui escrevo, afinal, já não corresponde à verdade!

Fico a aguardar.



Publicado por rui.freitas às 01:18
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13 comentários:
De Anónimo a 30 de Junho de 2013 às 23:14
O Anónimo tem razão, não acha, vizinho Rui?
O vizinho Rui refere que foram feitos projectos válidos.
Pudera, com tantos técnicos capacitados, mal parecia que em tantos anos tal não acontecesse.
Agora não sei se sabe, mas há muitos técnicos da CMO que estão completamente acomodados, "castrados" dos seus saberes e que não fazem ondas.
Porque precisam do seu emprego e têm medo de afrontar, o Presidente e também os superiores hierárquicos, que foram eles que também fizeram Oeiras.
Depois das eleições vai saber-se das cambalhotas desses técnicos.
Limpando as suas responsabilidades vão atribuir todas as decisões ao visto final do Presidente.
Traição?
Quem os promoveu foi o Presidente.
É assim a estatura dos autarcas e de quem lhes prepara a papinha.
Sendo o procedimento idêntico em muitas Câmara, isso não invalida a promiscuidade e falta de ética de profissionais ou portugueses, que deviam de assumir os regulamentos, o respeito pelo PDM, ou o respeito pela Constituição.
Mas os técnicos têm família e precisam de algumas mordomias que não encontram noutros empregos.
Assim vão fazendo modos de vida acima daqueles munícipes em que a carestia é manifesta.
É claro que o futuro Presidente vai dar uma vassourada nesses funcionários que se limitaram a construir as monstruosidades e a fabricar esta Presidência de cerca de 30 anos.
Vizinho Rui, sabe o que aconteceu com as cheias da Madeira de 2010?
Quem promoveu os licenciamentos e preparou a aprovação para o Presidente dar o visto final?
Quantos técnicos foram presos?
Os dramas ocorridos têm de ser só imputados ao Presidente? Estes não podem saber toda a legislação e particularidades dos Planos, por muita vontade que tenham em satisfazer as clientelas, os construtores e os amigos.
Temos que perceber as causas do que se passou na Madeira e por muitos sítios de Portugal e pelo resto do Mundo. A legislação seria para cumprir mas as artimanhas driblam perfeitamente uma "Justiça".
O que acha Rui?


De Anónimo a 2 de Julho de 2013 às 22:30
Caro Rui Freitas estou a ficar entusiasmado com a conversa e acho que no Blogue há lugar a estas trocas de opinião. É pena que o Blogue não tenha outra dimensão e que não seja visitado por muitos mais oeirenses e não só.
E sabe porquê?
Porque em Oeiras nestes trinta anos de D.Morais não houve discussão e debate de ideias.
Não pela culpa maior do edil, mas pelo estádio intelectual da população. Sentiram-se bem com o que lhes foi proporcionado e foram vivendo com a Obra, também acima da realidade, desprezando a realidade histórica do Concelho e com os tiques de qualquer classe que quer subir sem discussão dos porquês. Na História, Oeiras é um território rural em que não havia o direito de ser completamente descaracterizado. Não são trinta anos que devem arrasar séculos de Paisagem. Os Gregos não queriam construir assim as Polis.
O Blogue faz falta à discussão que terá de ser feita, como acontece noutros Blogues a propósito de questões mais nacionais.
Havia um Blogue O.Local que se arvorava a tribuna, mas teve medo dos anónimos.
Houve uma Maioria Silenciosa ou Minoria? em Abril, mas foi calada. Há uma Ass. Espaço e Memória que poderia ser um Blogue que a discussão sobre História do Território e políticas da História fosse feita, mas não querem. Têm a legitimidade da sua linha. Referimos isto porque não há um verdadeiro Blogue que promova a discussão sobre Paço de Arcos e sobre Oeiras.
Este Blogue que vocações quer assumir?
Um abraço.


De rui.freitas a 4 de Julho de 2013 às 00:46
Caro Anónimo (2 de Julho de 2013 - 22:30), fico extremamente satisfeito que a leitura o tenha entusiasmado, mas devo dizer-lhe que no "Pinhanços dixit..." sempre existiu liberdade de opinião... de quem o escreve e de quem o comenta. Apenas uma vez - uma só - eliminei um comentário e por razões raciais.
Agradeço-lhe, com toda a sinceridade, a opinião positiva que tem acerca deste "blog" mas, creia e sem qualquer laivo de vaidade da minha parte, nem sempre foi fácil mantê-lo, pelo menos no que aos temas de actualidade dizem respeito. Tempos houve, em que a escrita era diária (ou quase); nos anos mais recentes, mercê de pressões e até ameaças sobre algumas pessoas que me passavam informação, tornou-se maiis difícil aceder a certas "fontes". Além disso, o cansaço natural de quem, por vezes, sentia estar "a pregar no deserto", também contribuiu para o espaçamento no tempo da desejada intervenção.
Refere - e eu subscrevo - que muitos se "sentiram bem com o que lhes foi proporcionado e foram vivendo com a Obra, também acima da realidade, desprezando a realidade histórica do Concelho e com os tiques de qualquer classe que quer subir sem discussão dos porquês". Como respondi ao anterior Anónimo, repito que muitos se deixaram inebriar com "a obra feita", quantas vezes faraónica e, por isso, desnecessária!?
Na verdade, Oeiras não poderia continuar a ser - SÓ - um Concelho rural... mas também não havia necessidade de o descarecterizar quase totalmente como em muitas freguesia se vê!
Aliás, recordo-lhe ainda o que respondi no passado dia 29 de Junho: "Restam" ainda terrenos já urbanizados (consultar PDM), onde as obras não começaram, pelo que se antevê mais betão aprovado em mandatos de Isaltino Morais". Lamentavelmente, é a pura e dura realidade.
Hoje, prestes a atingir os 300.000 visitantes, o "Pinhanços dixit..." continua e continuará a ser uma porta aberta para quantos por ela queiram entrar. Sem medos, sem se desviar um milímetro da linha com que sempre pautei a minha vida profissional e pessoal: a Verdade!
Sem poder dar-lhe, neste momento, qualquer garantia sobre o futuro próximo, atrevo-me apenas a dizer-lhe que tentarei trazer aqui, sempre que possível, temas que possam gerar o tal debate de ideias, não coarctadas, de que fala.
Para já, fica o meu agradecimento pelo desafio.
Bem-haja!


De rui.freitas a 4 de Julho de 2013 às 00:20
Anónimo (30 de Junho de 2013 - 23:14) e Caro "vizinho". Obviamente que tem razão e faz todo o sentido aquilo que aqui refere, no que concerne à impossibilidade técnica dos presidentes saberem tudo; para isso, existem os profissionais de cada Divisão ou Departamento: para tentarem realizar, na prática, a obra nascida de opções políticas, aconselharem, darem pareceres técnicos... O problema foi - como o "vizinho" sabe - que muitas vezes, digo eu..., pode ter acontecido que os pareceres também não tenham sido escutados pelo(s) decisor(es), não sei!
E tenho para mim, também, que além do "vizinho" conhecer a forma de reagir do decisor, sabe igualmente que poucos tiveram a coragem de o afrontar; e os que tiveram... Puffff!
Naturalmente que, durante o trajecto, outros tantos se foram acomodando - é verdade - e muitos pensaram nas famílias a quem tinham de alimentar e proporcionar a melhor vida que lhes era permitida.
É minha convicção que, como diz, apenas uma escassa camada da população conhece ou alguma vez leu um qualquer Plano Directos Municipal ou Plano de Pormenor; muitos deles terão lido, mas sem saberem interpretá-los, de novo por desconhecimento técnico; a esmagadora maioria, nunca sequer se interessou por "esses assuntos". Não menos verdade é que munícipes e fregueses se deixaram inebriar pelo fausto da "obra feita", sem nunca a questionarem. Dou-lhe o exemplo do famigerado SATUO: durante semanas, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Paço de Arcos, esteviveram em apreciação/discussão pública, projectos, maquetas, vídeos e demais documentação fornacida pela CMO (que fez o mesmo na Loja CMO no Oeirasparque). Só posso referir-lhe o que aconteceu na Junta... Sabe quantas pessoas por lá passaram? Penso não errar se lhe disser que não devem ter chegado à centena. Sabe quantos opinaram no livro existente para o efeito? Cerca de duas dezenas. Sabe quantos emitiram "parecer" ou opinião negativa? ZERO! Depois, foi o que o "vizinho" sabe: "caíu o Carmo e a Trindade"...
O mesmo se aplica ao PIPA (sabe o que é, claro), ao não menos famigerado Interface para transportes públicos (sabe como está, não sabe?) e outras intervenções que apenas e só geraram mamarrachos.
Aguardemos, portanto, que o novo presidente queira dar a tal "vassourada" e, sobretudo, rodear-se de pessoas que sabem fazer!


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