Dentro de 30 minutos, encerra o período legal dedicado às campanhas dos partidos, coligações, movimentos e cidadãos independentes (alguns dos quais, mais ou menos...) que concorrem aos três órgãos autárquicos em todo o país: Câmaras Municipais, Assembleias Municipais e Assembleias de Freguesia. Três órgãos, repito, posto que, passados 39 anos sobre o 25 de Abril, a esmagadora maioria dos eleitores continua a desconhecer que o Presidente de Junta não é eleito directamente; tal cargo é ocupado pelo cidadão que encabeça a lista mais votada para a Assembleia de Freguesia.
Excluindo o período da chamada pré-campanha, decorreram 15 dias em que todos os candidatos e candidatas tentaram fazer chegar aos portugueses as suas propostas para a Autarquia Local a que concorrem; uns, de forma mais "profissional", mais acutilante, mais apelativa; outros, consoante as capacidades de mobilização e inventivas, de acordo com as possibilidades financeiras. Domingo à noite, independentemente das muitas sondagens, se saberá quem foram os escolhidos nessa sondagem soberana que é o voto dos eleitores, iniciando-se, então (ou não), um novo ciclo.
Decidi que é tempo do "Pinhanços dixit..." seguir esse exemplo: começar um novo ciclo.
Porquê? Porque, passados que são sete anos e sete meses sobre o seu "nascimento", alguns dos propósitos que levaram à sua criação estão esgotados ou em vias de o estarem.
Decorria o mês de Fevereiro de 2006, quando entendi que a voz do partido pelo qual tinha sido eleito para a Assembleia de Freguesia de Paço de Arcos não chegava aos eleitores que em mim tinham confiado; isto é, resumia-se ao "circuito-fechado" dessa mesma assembleia, usualmente frequentada por pouco mais de meia dúzia de habituais participantes nas mesmas. Em Maio desse mesmo ano, introduzi neste blog um contador de visitas, e hoje, com 298.885 visitantes apurados - aos quais agradeço sinceramente -, posso orgulhar-me de dizer que o "Pinhanços dixit..." (um blog sem censura, aberto a todos e onde apenas dois comentários de teor racista foram por mim "cortados") foi lido por 3.396 pessoas por mês e que o total de 1.452 post mereceu 5.885 comentários. Não foi, não é tarefa fácil, para uma só pessoa, manter o "fôlego" inicial, como é evidente, razão pela qual a minha presença escasseou nos últimos meses, a ponto de, em Agosto, tar alertado já os leitores para a mudança que se impõe. Irei encetá-la pouco a pouco e apenas após os resultados eleitorais do próximo domingo, altura em que - estou certo -, mais uma vez, muitas "camisas", "casacos" e "camisolas" voltarão a ser trocadas...
O "Pinhanços dixit..." continuará a existir, para mágoa de alguns e regozijo de outros. Sujeitando-me à crítica que reconheço ir desencadear, mas fiel à minha forma séria e coerente de estar na vida - mesmo na vida política que acreditei poder ser feita a sério mas que praticamente já abandonei -, devo igualmente confessar que o cansaço foi pesando ao longo dos anos, sobretudo porque, tendo "dado a cara" por muitos companheiros de jornada, tendo estado ao lado daqueles que decidi apoiar, poucas vezes senti existir tratamento igual, salvo raríssimas excepções. Conto pelos dedos das mãos as vezes em que, nestes sete anos e sete meses, ouvi palavras de ensejo ou um simples: "precisas de alguma coisa?". E sim, precisei...
Que fique claro que não me arrependo e, seguramente, voltaria a fazer tudo aquilo que fiz, a dizer e a escrever tudo aquilo que disse e escrevi, pois como sempre disse: quando me olho ao espelho, gosto da imagem de honestidade e seriedade que ele me devolve! Reafirmo o que escrevi nos primeiros post deste blog: todos quantos decidiram deixar o Partido Social Democrata para integrarem outros partidos ou movimentos, raríssimas vezes foram aqui referidos; já aqueles (muitos) que, "apostando em dois cavalos", optaram por manter "um pé cá e outro lá", esses, sim, foram o meu principal alvo de crítica. E mesmo quando errei, garanto que não me custou apresentar-lhes aqui as minhas desculpas.
Olhando para trás, apenas lamento; lamento que muitos daqueles que apelidei de "laranja/verde-alface" (termo hoje utilizado por outras pessoas e noutros "blogues", felizmente) continuem a "navegar na crista da onda" e (plagiando o termo brasileiro) com a vidinha "numa boa". Não porque tenham sido "espertos" a esse ponto, mas porque no PSD concelhio, distrital e até nacional, houve sempre quem os acolhesse de volta, os libertasse de novo, para de novo os vir a acolher. A isso, designei e designo por promiscuidade, coisa com que não pactuo.
Renovando o meu agradecimento a quantos tiveram a paciência de me ler, quero dizer-lhes: Até sempre, até já!
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