Cerca de 3,5 milhões de euros (mais de sete milhões de contos), é a quantia (conhecida, até agora...) a que ascende o "tentacular" processo iniciado em 1991 e que levou, em 30 de Março do ano passado, ao despoletar da "Operação Malaya", que deixou "a nú" complicados esquemas de branqueamento de capitais, cedência de terrenos destinados a fins sociais da autarquia a interesses privados, corrupção e tudo o mais que aqui tentarei explicar aos leitores.
Até ao momento, já foram detidas mais de 50 pessoas (algumas das quais libertadas posteriormente sob elevadas fianças), sendo que as investigações abrangem "negócios pouco claros", não só na turística Marbella, como também em Málaga, Madrid, Múrcia, Cádiz e Huelva.
No final do referido ano, o ministro do Interior espanhol, José António Alonso, estimou em mais 2.400 milhões de euros o valor dos bens arrestados na "Operação Malaya".
Tudo começou com o conhecido (e já falecido) Jesús Gil, fundador do Partido "GIL - Grupo Independente Liberal", que presidiu aos destinos da edilidade "marbellí" desde 26.5.2001 a 24.4.2002, data em que renunciou ao cargo de "Alcalde" (Presidente da Câmara), acusado em diversos processos, como foram o "presumível desvio de mais de 270.000 euros da edilidade de Marbella para o Atlético de Madrid - do qual era presidente -, por colocar nas camisolas o anagrama de Marbella sem a devida autorização da Autarquia nem a simples consulta aos seus dirigentes", "presumíveis irregularidades cometidas na transformação do Atlético de Madrid em sociedade anónima" (da qual era o maior accionista sem desembolsar "un duro"), "envolvimento num caso de facturas falsas relativo ao presumível desvío de 26,7 milhões de euros do "Ayuntamiento de Marbella" para empresas privadas, entre 1991 e 1995" (tendo ingressado em prisão preventiva em Abril de 2002 e saído após pagar uma fiança de 700.000 euros), "presumível desvio de 90 milhões de euros à Segurança Social desde 1991 a 2001" e "má aplicação de dinheiros públicos e falsificação de documentos na aquisição de uma estátua da autoria do escultor russo Tseretelli, pela qual, segundo a denúncia, o "Ayuntamiento de Marbella" teria pago 141 millones de pesetas (quase 850.000 euros) e três lotes de terreno na urbanização "Guadalmina", quando, em teoría, a mesma havia sido oferecida pelo "Alcalde" de Moscovo, operação na qual a edilidade só deveria assumir os custos de transporte e desalfandegamento"... entre outras "ninharias". (fonte: Diário "El Mundo").
Detido por três vezes (em 1969, na qualidade de empresário, 1999 e em Abril de 2002, ambas como "Alcalde"), Jesús Gil viria a falecer em Maio de 2004, após um fatídico AVC - Acidente Vascular Cerebral.
Mas, esta "novela" não fica por aqui... Os dois "Presidentes" que se lhe sucederam - Julián Muñoz ("Alcalde" entre 02.05.2002 e 13.08.2003) e Marisol Yagüe ("Alcaldesa" entre 13.08.2003 e 29.03.2006 - sendo detida a 01.04.2006), foram igualmente presos, tendo a segunda saído sob fiança.
(Julián Muñoz apresenta a sua campanha eleitoral para as eleições municipais de 2003. Era então "Alcalde" (Presidente da Câmara) de Marbella e candidato pelo Partido "GIL". Acompanha-o Marisol Yagüe, então Vereadora do mesmo partido. (Foto: EFE/AL))
Será que, até na corrupção somos "pequeninos"?
Próximos "episódios"... logo que possa, pois investigar não é "pera doce"!
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