Tal como referi neste "blog", realizou-se no passado dia 20, no Centro Cultural de Belém, um Colóquio Nacional sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez, promovido pelo Partido Social Democrata.
O Presidente do Partido, Dr. Luís Marques Mendes, como "líder" do Maior Partido Português, manteve-se fiel às suas convicções (quem o conhece minimamente, sabe que ele será sempre assim), apelando à «não partidarização» do referendo sobre o aborto.
No site do PSD, pode ler-se que "Luís Marques Mendes apelou à «não partidarização» da consulta popular de 11 de Fevereiro sobre o aborto, considerando que a despenalização da interrupção voluntária da gravidez é uma questão de cidadania e consciência. «Não tenhamos a tentação de partidarizar o que não é partidarizado», reiterou Marques Mendes, na abertura da conferência nacional sobre aborto organizada pelo PSD, sábado, em Lisboa.
Considerando que a vida pública está, hoje em dia, «muito partidarizada», o líder do PSD salientou que a consulta popular não é um referendo partidário. «Desde Sá Carneiro que o Partido entendeu que esta era uma questão de convicção pessoal e não de posicionamento partidário. (...) O aborto é uma questão de cidadania, da consciência individual de cada um. Em todos os partidos existem diferentes opiniões», manifestou Marques Mendes.
O presidente do PSD alertou ainda para a necessidade de, até ao dia do referendo, se promover um «debate rigoroso e verdadeiro», porque os eleitores ainda têm «mais dúvidas que certezas, mais perguntas a fazer, que respostas a dar». «Mais que slogans ou chavões, o importante é um debate que esclareça. Mais do que frases feitas ou imposições de voto é preciso esclarecer» , acrescentou.
Marques Mendes assinalou que a conferência nacional organizada pelo PSD, que decorreu, sábado, no Centro Cultural de Belém, «não é uma iniciativa partidária, nem uma acção de indicação de voto, mas o cumprimento de uma obrigação cívica dos partidos». «Os partidos têm obrigações cívicas, têm a obrigação de promover debates, de esclarecer. Este colóquio é um acto cívico, um exercício de cidadania, par a debater», insistiu, sublinhando o «espírito pedagógico» que a iniciativa pretendeu assumir.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou ainda que será «errado» fazer leituras políticas dos resultados do referendo sobre o aborto e dizer que, se o «sim» ganhar, será uma vitória do PS. «Não faz sentido, num referendo como este, fazer leituras políticas», frisou Marcelo Rebelo de Sousa.
O colóquio nacional do PSD, que reuniu juristas, médicos e políticos, defensores do «sim» e do «não» à despenalização do aborto, contou ainda com a presença dos vice-presidentes Azevedo Soares, Manuel Lencastre, do secretário-geral, Miguel Macedo, do presidente do grupo parlamentar, Luís Marques Guedes, dos deputados Duarte Pacheco, Fernando Negrão e Regina Bastos, e dos eurodeputados Carlos Coelho e Assunção Esteves."
Quando, há algum tempo, tomou esta posição, o Dr. Luís Marques Mendes sabia que, eventualmente, não seria "politicamente correcto", acirrando contra si - mais uma vez - uma legião de "acusadores" já habituais desde a sua eleição para Presidente do PSD.
Aliás, ao "líder" do PSD, adapta-se perfeitamente o velho ditado popular: "preso por ter cão e preso por o não ter"! Mas creio que isso já não o molesta...
As suas fortes convicções (que sempre lhe conheci e reconheci), não se deixam abalar por casuais ou orquestradas "atoardas"... venham elas de onde vierem!
Por isso, não resisto a colocar aqui um "link" para um "blog" Amigo que se me antecipou: o "Politicopata".
Com a devida vénia, naturalmente!
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