À maioria dos leitores do "Pinhanços", este slogan nada dirá, razão pela qual terão de me permitir uma pequena mas necessariamente resumida nota introdutória.
Ele é (foi...) o corolário de uma série de encontros de Militantes que, após a vitória do movimento IOMAF em Outubro de 2005 e consequente "transferência descarada" de "companheiros" do PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA para o lado do movimento ganhador, decidiram reunir-se para debaterem o melhor caminho e estratégia a seguir, perante este novo cenário.
Ao fim de vários encontros, em Paço de Arcos, surge um pequeno núcleo de militantes a defender a proposta que lhes havia sido feita de virem a integrar a Comissão Política da Secção de Oeiras do PSD a eleger em Setembro de 2006, encabeçada por Pedro Afonso Paulo.
A tese desse grupo - curiosamente liderado pelo companheiro que havia criado o slogan "Mudar de Vida" -, era a de que, se "fôssemos a votos" contra a lista que se presumia vir a ser integrada pelos tais "companheiros auto-transferidos", elegeríamos - no máximo - cinco elementos... Por outro lado, se os militantes descontentes (chamemos-lhes assim) estivessem integrados na nova CP "miscelânizada", melhor poderiam fazer vingar a justeza das nossas razões...
Questionados sobre que contrapartidas eram garantidas aos Militantes que abraçram o projecto "Mudar de Vida", foi-nos dito... nada, razão pela qual eu e muitos outros Companheiros se afastaram desse mesmo projecto.
Que aconteceu?
A nova CP então eleita, veio a integrar apenas cinco desses Militantes... exactamente tantos quantos havíamos previsto eleger, só que já sem a capacidade moral de poderem reivindicar o que quer que fosse... como sucedeu.
É o que mais uma vez designo por "ter razão antes do tempo"!
Sendo que esta Comissão Política cessa o seu mandato de dois anos em Setembro próximo, e dado que "se fala" já no nome de Alexandre Luz (o único dos três irmãos a quem, pessoalmente, nada tenho a apontar no trato comigo) para suceder ao actual presidente (como, aliás, já foi referido num comentário colocado neste blog), entendi chegado o momento de continuar a colocar os "pontos nos iis" sobre o que realmente se passa na Secção de Oeiras e que prova que os "zum-zuns" que ouvia tinham algum fundo de verdade!
A mesmíssima Secção que exigiu disciplina de voto (favorável, claro...) aos quatro Vereadores do PSD quando da apresentação das GOP's e Orçamento da CMO para 2008; que me "convocou" (em terceira mão, como então referi) para uma reunião na sede e que, mais recentemente (segundo o coordenador do Gabinete das Freguesias, Nuno Luís), me queria "obrigar" a indicar um elemento da Bancada PSD para o Executivo da Junta de Paço de Arcos, quando eu defendia exactamente o contrário, por razões meramente político-partidárias.
Quase me apetece dizer como o presidente do Partido: este não é "o meu PSD", ou então, que este não é "o antigo PSD"... Só que ele disse-o noutro contexto MUITO diferente e que não vou abordar aqui hoje!
Vem isto a propósito da carta que o Companheiro Rui Santos Alves (vice-presidente da CP da Secção) enviou recentemente ao presidente da mesma, Pedro Paulo, e que aqui reproduzo, com a devida autorização, não sem antes "deixar um aviso à navegação" de que outras saídas estão iminentes:
"
Exmo. Senhor
Presidente da Comissão Política
Secção de Oeiras do PSD
Meu caro Pedro Afonso Paulo,
Quando, em Setembro de 2006, criámos condições para a constituição da actual Comissão Política da Secção, fizemo-lo, se bem te recordas, para procurar tirar o PSD/OEIRAS da inércia em que se encontrava e para restaurar a unidade interna que havia sido gravemente atingida na sequência da cisão verificada aquando das eleições autárquicas. Contra tudo e contra todos conseguimos construir uma lista consensual que, ainda hoje, se mantém em funções.
Porém, decorrido quase um ano e meio, constata-se que o trabalho realizado foi praticamente inexistente e que a Comissão Política não actua, verdadeiramente, como equipa. Reúne de forma gritantemente inconstante – presumo que condicionada pela tua agenda – e, o pouco que funciona, fá-lo de forma fechada e centralizadora. Vícios do antigamente, certamente.
Acresce, como agravante, o facto de, após a mudança da liderança nacional do PSD, terem sido tomadas decisões que, a meu ver, em nada contribuem para a consolidação da unidade interna.
Efectivamente, submeteres à Comissão Política uma proposta que apontava para o envio de carta aos militantes expulsos aquando das autárquicas, convidando-os a regressar é, no mínimo, afrontar os militantes de Oeiras que, com elevado sentido de dedicação e responsabilidade, deram a cara pelo Partido no Concelho em condições particularmente adversas. Acresce, também, que inviabilizar que fosse a Assembleia de Militantes da Secção a pronunciar-se sobre esta questão, constitui uma opção incompreensível.
Pelos vistos, aqueles que mais utilizam a palavra BASES no discurso quotidiano são os mesmos que as ignoram em decisões de grande relevo.
Um ponto que merece especial evidência, prende-se com a decisão da Comissão política em recomendar/impor aos deputados municipais do PSD a votação favorável do Orçamento da Câmara.
Tomada em reunião em que não estive presente porque alterada, mais uma vez, em cima da hora, é uma decisão insensata e politicamente desastrosa. Insensata porque, como é sabido, vários membros da C.P.S. mantêm vínculos profissionais a gabinetes camarários pelo que, mandaria o bom senso, a assumpção de uma postura mais recatada.
Politicamente desastrosa porque, ao invés de construir uma alternativa credível e ganhadora para as próximas eleições , o PSD/OEIRAS opta por colar-se ao actual executivo camarário.
Estes são, meu caro Pedro Afonso Paulo, apenas dois exemplos do estado a que chegou o PSD/OEIRAS.
Poderia citar mais alguns como a manifesta marginalização que se constata sempre que ocorrem reuniões da Comissão Política “Alargada” da Distrital. È que sendo tu vice-presidente daquela estrutura, o normal seria que eu, como 1º vice-presidente da secção te substituísse nessas reuniões, fazendo com que a Secção de Oeiras ocupasse o lugar a que tem direito. Contudo, nunca fui convocado.
Estranho, não é?
E que dizer dos novos militantes trazidos “à pazada “, sem critério algum e, certamente, na maior parte deles, sem qualquer identificação ao ideário social-democrata?.
Por tudo isto, chegou o momento de eu dizer BASTA!
Aquilo que, em Setembro de 2006, me fez acreditar que era possível dar uma nova vida ao PSD/OEIRAS, não passou de uma fugaz ilusão.
Independentemente da demissão que agora formalizo, continuarei, como sempre o fiz ao longo de mais de 33 anos de militância, disponível para ajudar o PSD a recuperar o lugar de primeiro partido de Portugal e dos Portugueses.
Melhores cumprimentos
C/conhecimento:
Presidente do PSD
Secretário-Geral do PSD
Presidente da Comissão Política da Distrital de Lisboa
Presidente da Assembleia de Secção de Oeiras"
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