Tal como referi no passado dia 4, os ânimos andam exaltados, aqui, pelos lados do Murganhal. E se outra razão não existisse, prevaleceria a forma arrogante e indelicada como o sr. vice-presidente da CMO, Paulo Vistas Casinhas, respondeu aos moradores que o questionaram em reunião de Câmara.
Em respeito por mim próprio, devo começar por afirmar o meu desconhecimento profundo sobre o assunto e, mais do que isso, tentar não "tomar partido" nem "partidarizar" uma situação que, eventualmente, até nem seja ilegal. Isto, porque desconheço se a instalação de um equjipamento de Serviços estaria ou não já prevista em PDM para aquele local e ainda porque sei (por experiência adquirida enquanto Autarca que verificou situações idênticas) que 99% dos Muncícipes não se "dão ao trabalho" de consultar os PDM's, antes de tomarem a decisão de residirem em determinado local. Depois, "cai o Carmo e a Trindade"...
No entanto, não posso deixar passar em claro a forma agressiva, ditatorial e insensível como o sr. vice-presidente da CMO se dirigiu aos moradores/Munícipes. Isso, NÃO!
Autarca que se orgulhe de o ser, NÃO PODE reagir desta forma.
Por isso, e só por isso (para já), reproduzo aqui a carta que me foi enviada e que, devidamente assinada, expressa o desagrado dos moradores do Murgahal.
"Caros Moradores
Serve a presente para vos dar conta do que se passou na reunião da Câmara realizada no dia 25/03 pelas 17h.
Nessa reunião estiveram presentes cinco moradores, tendo três feito intervenções na defesa dos legítimos interesses dos moradores, repudiando a construção da central de lavagens.
Contudo, o sr. Vice-Presidente da Câmara Exmo. Sr. Dr. Paulo Vistas, como autoridade responsável pelo licenciamento do projecto de construção da central de lavagens, uma vez que foi ele quem proferiu o despacho de aprovação do mesmo, mostrou-se absolutamente desinteressado, indisponível e insensível às razões dos moradores, assumindo uma postura contra os moradores e em defesa dos direitos do promotor.
O Sr. Vice-Presidente não quer saber da população do Murganhal.
O Sr. Vice-Presidente em resumo disse:
"os senhores sentem-se incomodados com tal projecto, mas quando foram para ali viver também foram incomodar os outros..."
"o processo de licenciamento do centro de lavagens está correcto..."
"a câmara não vai impedir a construção do centro de lavagens..."
"os senhores moradores se quizerem defender os seus direitos, recorram aos Tribunais..."
Para o Sr. Vice-Presidente o interesse do promotor do centro de lavagens é mais importante do que o interesse colectivo da população do Murganhal.
A postura assumida pelo Sr. Vice-Presidente indignou os moradores que estiveram presentes.
É lamentável, intolerável, inaceitável e, por isso, censurável esta postura do Vice-Presidente, o qual, em primeiro lugar, no quadro das atribuições e competências deveria, no cumprimento da lei e no respeito pela população do Murganhal, tomar e promover todas as
medidas de carácter administrativo, técnico ou outras que visassem a salvaguarda do bem-estar da população.
Posto isto, é necessário promover outras diligências na defesa dos nossos interesses e ser intentada uma providência cautelar.
Julgamos que seria útil agendar uma reunião onde pudessem estar presentes os moradores, para decidirmos as medidas a tomar.
Oportunamente será sugerida uma data, hora e local para a realização da referida reunião.
Com os melhores cumprimentos
João Branco".
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