A julgar pelas suas infelizes intervenções, frequentes nos últimos tempos, aposto que não!
O que diz Rui Pereira?
O que sentem os portugueses no seu dia-a-dia?
Para terminar, sr. "menistro", deixo-lhe o relato do assalto a um jovem que conheço e que, por pouco, estaria hoje a ser chorado por seus pais e demais familiares...
"Na passada 3ª feira (28 de Abril), pelas 14 horas, o meu sobrinho Ricardo Mata, aluno de engenharia informática do ISEL, foi, nas imediações da estação ferroviária de Rio de Mouro, envolvido por um grupo de cerca de 10 meliantes que, presumivelmente com o intuito de o roubarem, o agrediram e lhe espetaram uma faca nas costas que lhe perfurou o pulmão esquerdo e seccionou o diafragma.
No espaço de meia hora, na mesma zona, outro jovem foi, pelo mesmo grupo, esfaqueado enquanto que outros foram somente roubados. Da forma de actuar destes energúmenos ressalta o convencimento da sua total impunidade que lhe confere a desfaçatez para a prática continuada e à luz do dia, de esfaqueamentos.
O grupo é de há muito tristemente célebre na zona pelo que a PSP, na mesma tarde, efectuou algumas detenções. No entanto, e apesar de terem mais de 16 anos e de terem confessado a participação em tais actos, foram, depois de identificados, postos em liberdade por não terem sido apanhados em flagrante. Este é o país que vamos construindo (?). Estas são as leis que nos regem, mas não defendem (só aos meliantes… esses têm todos os direitos).
Preso a uma cama do Hospital S. Francisco Xavier, Ricardo, que passou ao lado da morte (o coração não foi atingido por muito pouco), que terá perdido um semestre do curso que tanto ambiciona tirar e sem qualquer apoio psicológico por parte do Estado a quem caberia defender-nos, está uma pessoa diferente. O jovem calmo, simpático e bem disposto transformou-se num revoltado que clama vingança. A ajuda da família e dos amigos ajudá-lo-ão a ultrapassar esta fase difícil e a que volte a ser o Ricardo que sempre foi.
E nós vamos alegremente assobiando para o lado, não percebendo que o Estado está mais preocupado com as estatísticas relativas ao nº de detidos do que em defender o cidadão comum... não percebendo que a nossa atitude de infinita tolerância tem consequências que nos começam a atingir… não percebendo que estas coisas não acontecem só aos outros (lá longe)… não percebendo que factos como estes se tornaram banais em Portugal."
Nenhum destes "casos" se passou com familiares seus, pois não sr. "menistro"?
Se tivesse sido, atrevia-se a proferir esta declaração?
Se, de repente, aparecerem "vigilantes", vão presos, não vão, sr. "menistro"?
E você, que me lê... Ainda acredita neles?
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