Ouvi hoje (3-4-08) o Sr. Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, referir-se à violência nas escolas, após audiência com o Sr. Presidente da República. Apercebi-me da veemência com que se referiu ao "flagelo" e, mentalmente, aplaudi-o, concordando em absoluto que o "fenómeno" (é assim que, de forma "politicamente correcta", se designa) não é de hoje nem se resume ao "dá-me o telemóvel... já!"
Como quase tudo em Portugal, também este acto está já a ser alvo de "lavagem" para cair no esquecimento. O que é mau e é pena!
Eu próprio, já ouvi e contestei comentários que se viram agora contra a Professora... do género de "ser a prova" de que os Professores não querem é trabalhar, "pois ela até aproveitou para umas fériazitas, alegando estar com depressão". Como é possível? É esta a reacção que merece a certos "adultos" um acto de indisciplina tão claro e violento? São jovens destes que queremos "amanhã" a dirigir os destinos do País... quem sabe?
Felizmente, não sou só eu a pensar desta forma; também Mário Crespo - segundo um artigo colocado no "Oeiras Local" -, escreve sarcasticamente no "JN" que "Não houve braço-de-ferro nenhum" e que pode ser lido AQUI. Nada de mais verdadeiro...
O alerta do Procurador-Geral foi notícia em rádios, televisões e jornais. Aleatoriamente, escolhi o "PortugalDiário" para que os "menos atentos" saibam o que ele disse:
"Violência: escolas têm o dever de denunciar
PGR diz que há alunos que levam pistolas. E facas «são às centenas»". (Ler AQUI).
Deixemo-nos de cinismos e admitamos todos que há anos que assim é! Pena, que apenas alguns o venham denunciando, que tem sido o mesmo do que "pregar no deserto"!
Agora, que a actual "menistra" da Educação dê tão pouca importância ao assunto, aí é que começa a ser mesmo assustador e perigoso.
"Ministra «preocupada» com armas nas escolas
Ainda assim, a preocupação manifestada pelo Procurador-Geral da República não encontra grande eco, uma vez que a ministra da Educação preferiu cingir-se aos números, nunca querendo comentar casos concretos ou até as próprias declarações de Pinto Monteiro.
Certo é que, no último ano lectivo, só a PSP apreendeu 260 armas: 13 armas de fogo, 165 armas brancas e 82 de outro tipo, normalmente réplicas de armas de fogo. Segundo a polícia, 64 por cento das ocorrências relacionadas com armas envolvem a utilização de facas ou canivetes, mas em cinco por cento dos casos são usadas armas de fogo adaptadas. Maria de Lurdes Rodrigues escusa-se a comentar estes números, limitando-se a dizer que «o ministério recolhe os dados, compila-os e reporta-os publicamente»".
É preciso ter lata! Actuar a sério, só na avaliação de Professores, não, sra. "menistra"?
Pessoalmente, até posso dar-lhe um exemplo que parece já estar esquecido de todos: o do Professor da Escola Preparatória Joaquim de Barros, em Paço de Arcos, a quem um desses "bem-comportados" aluno incendiou o carro como vingança... Creia que há mais (assisti a outros menos graves mas preocupantes), mas nem todos chegam a ser conhecidos cá fora, por medo de iguais represálias!
Mas, sra. "menistra" e demais descrentes, dou outro exemplo, que foi também notícia no Expresso de 25 de Março, sob o título:
"Novo exemplo de indisciplina na escola
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